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Bovespa fecha em queda pelo 6º dia e vai ao menor nível em 3 semanas

Do UOL, em São Paulo

10/09/2014 17h46Atualizada em 10/09/2014 17h46

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda pela sexta sessão seguida nesta quarta-feira (10), com perdas de 0,81%, a 58.198,66 pontos. É a menor pontuação de fechamento desde 18 de agosto, quando a Bolsa encerrou a 57.560,72 pontos. 

Na véspera, a Bovespa havia caído 0,87%. Nas últimas cinco sessões, a Bolsa cumula perdas de 5,97%. 

O mau desempenho das ações da Vale, da Petrobras e dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil puxaram a queda do Ibovespa no dia. As cinco empresas têm grande peso sobre o índice. 

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta pelo terceiro dia seguido, com valorização de 0,22%, a R$ 2,291 na venda. É o maior valor de fechamento desde 7 de agosto, quando a moeda encerrou a R$ 2,296. 

Vale, Petrobras e bancos puxam queda da Bolsa

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, caíram 2,47%, a R$ 20,95. As ordinárias (PETR3), que dão direito a voto, fecharam em baixa de 2,4%, a R$ 19,90. As ações da estatal continuaram a ser influenciadas pelo cenário eleitoral. 

O Bradesco (BBDC4) encerrou em baixa de 2,47%, a R$ 38,25. O Banco do Brasil (BBAS3) desvalorizou-se 1,58%, a R$ 31,84. As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) perderam 1,08%, a R$ 38,48. 

As ações ordinárias da Vale (VALE3) tiveram perdas de 0,73%, a R$ 28,40. As preferenciais (VALE5) caíram 0,6%, a R$ 24,98. As ações da mineradora recuaram, após nova queda nos preços do minério de ferro. 

Em relatório, o Goldman Sachs alertou que o minério entrou em uma nova fase: "Na nossa visão (...) chegamos ao fim da Idade do Ferro". 

Embraer sobe mais de 3%

Na contramão, as ações da Embraer (EMBR3) tiveram a segunda maior alta do Ibovespa, de 3,18%, a R$ 22,70. De acordo com alguns investidores, as ações subiram devido à valorização do dólar, o que beneficia a empresa que tem a maioria da receita com exportações.

Investidores de olho no cenário eleitoral

Investidores estavam preocupados que novas pesquisas mostrem que a presidente Dilma Rousseff (PT) ganhou terreno contra a ex-senadora Marina Silva (PSB) em um eventual segundo turno das eleições para a Presidência.

Levantamento Vox Populi divulgado mais cedo apontou tal cenário ao mostrar Marina com 42% das intenções de voto contra 41% de Dilma na simulação de segundo turno. O foco do mercado, agora, é a pesquisa Datafolha, prevista para ser divulgada nesta noite.

A menor chance de reeleição de Dilma indicada em pesquisas a partir de meados de agosto vinha impulsionando a Bovespa, entre outros fatores, por expectativas de menor intervenção em empresas estatais e em alguns setores da economia sinalizada pelos candidatos de oposição, de acordo com a agência de notícias.

Mas desde que levantamentos recentes passaram a mostrar um quadro mais disputado, parte dos investidores passou a vender as ações e embolsar lucros, aproveitando as altas recentes. Após subir quase 10% em agosto, o Ibovespa acumula em setembro perda de cerca de 5% até esta quarta-feira.

Bolsas internacionais

As Bolsas de Valores da Europa fecharam com leves variações. O mercado de ações de Portugal teve baixa de 0,33%, o da Espanha registrou queda de 0,13%, e o da Alemanha caiu 0,11%. Itália, França e Inglaterra fecharam praticamente estáveis: Bolsa francesa e a italiana com leve baixa de 0,04%, e a inglesa com pequena alta de 0,02%.

Na Ásia e no Pacífico, a maioria das Bolsas fechou em queda, com exceção do índice do Japão. A Bolsa de Hong Kong fechou em queda de 1,93%; Taiwan perdeu 0,82%; Sydney, na Austrália, teve baixa de 0,6%. Xangai, na China, perdeu 0,35%, e Cingapura caiu 0,13%.

A Bolsa do Japão foi na contramão e subiu 0,25%, com a queda do iene beneficiando exportadoras. A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, não funcionou devido a um feriado no país.

(Com Reuters) 

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