Bolsa cai 1% no dia puxada por Vale e Petrobras, mas fecha semana no azul

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1%, aos 57.788,7 pontos nesta sexta-feira (19).

Ainda assim, a Bovespa fechou a semana no azul, acumulando alta de 1,51%, depois de ter desabado mais de 6% na semana anterior. No mês até agora, a Bolsa acumula queda de 5,71%; no ano, a alta é de 12,2%.

As ações de Vale e da Petrobras puxaram a queda da Bolsa no dia. As preferenciais da mineradora (VALE5), que dão prioridade na distribuição de dividendos, caíram 2,73%, a R$ 24,90; as ordinárias (VALE3), com direito a voto, perderam 2,65%, a R$ 28,32.

As preferenciais da Petrobras (PETR4) foram as mais negociadas do dia, e caíram 1,78%, para R$ 20,91. As ordinárias da Petrobras (PETR3) também recuaram 1,78%, para R$ 19,85.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,33%, negociado a R$ 2,373 na venda. É o maior valor de fechamento desde 20 de fevereiro, quando a moeda atingiu uma cotação idêntica.

O dólar acumulou alta de 1,61% na semana. No mês, até agora, a moeda tem ganhos de 5,97%; no ano, de 0,64%.

Investidores de olho no cenário eleitoral

A principal influência no ânimo dos investidores foi a última pesquisa de intenção de voto nas eleições presidenciais, publicada pelo Datafolha. Os resultados mostraram que a presidente Dilma Rousseff e o candidato Aécio Neves ganharam terreno, enquanto Marina Silva recuou.

Em entrevista, Dilma criticou a forma como as pesquisas eleitorais têm influenciado a Bolsa. "Está ficando ridículo isso. Especulação tem limite e acho que tem gente ganhando com isso", disse.

Além da Petrobras, outras ações sensíveis ao "efeito eleição" também registraram queda: a preferencial do Itaú (ITUB4) recuou 2,38%, a R$ 37,75; a do Bradesco (BBDC4) perdeu 2,31%, a R$ 38; a ordinária do Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,87%, a R$ 32,07; e a da Eletrobras (ELET3) teve queda de 2,2%, a R$ 7,57.

Ações de destaque

Na ponta negativa do Ibovespa, o destaque foram as ações ordinárias da TIM (TIMP3), com queda de 3,25%, para R$ 13,38. Em seguida, as units da Klabin (KLBN11), que perderam 3,2%, a R$ 12,10. As ações da ALL Logística (ALLL3) caíram 2,6%, a R$ 7,11. 

Entre as maiores altas, o destaque foi a ação preferencial da Marcopolo (POMO4), que subiu 5,62%, a R$ 4,32. A preferencial da Oi (OIBR4) teve a segunda maior alta, subindo 4,19%, a R$ 1,74; e a ordinária da Hering  (HGTX3) avançou 3,01%, a R$ 26,68.

Alibaba e Escócia agitam Bolsas internacionais

Mesmo com o otimismo do mercado após a decisão da Escócia de permanecer no Reino Unido, as principais Bolsas da Europa variaram pouco nesta sexta.

Os investidores mantiveram o pé no freio por causa da possibilidade de que agências de classificação de risco cortem a nota de crédito da França.

A Bolsa francesa fechou quase estável, com leve queda de 0,08%; a alemã teve leve alta de 0,01%. A Bolsa de Londres subiu 0,27%, a de Madri avançou 0,1%, e a de Portugal, 0,11%. O índice italiano fechou em queda de 0,74%.

As principais Bolsas de Valores da Ásia e do Pacífico fecharam em alta, com o otimismo dos investidores pela oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da gigante do comércio eletrônico Alibaba.

O Nikkei, do Japão, foi destaque de alta, subindo 1,58%; Xangai, na China, avançou 0,58%; Hong Kong teve ganhos de 0,57%. Sydney, na Austrália, subiu 0,32%; Seul, na Coreia do Sul, fechou em alta de 0,3%; Cingapura ganhou 0,24%. A Bolsa de Taiwan fechou quase estável, com leve alta de 0,04%.

(Com Reuters) 

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