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Dólar salta a R$ 2,456, maior valor desde 2008, após pesquisas eleitorais

Do UOL, em São Paulo

29/09/2014 17h14Atualizada em 29/09/2014 18h11

dólar comercial fechou em alta de 1,64% nesta segunda-feira (29), a R$ 2,456 na venda. É o maior valor de fechamento desde 9 de dezembro de 2008, durante a crise financeira internacional, quando o dólar fechou em R$ 2,473.

Esse movimento refletiu a melhora da presidente Dilma Rousseff em pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais. Segundo a agência de notícias Reuters, a política econômica de Dilma é duramente criticada por investidores

"O mercado entrou com todas as fichas numa vitória da oposição e pagou para ver. O que a gente está vendo hoje é a reversão desse movimento", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, em entrevista para a Reuters.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou minimizar o efeito das eleições sobre o mercado financeiro. Segundo ele, as oscilações do mercado são resultado de instabilidade no cenário internacional, e o efeito das eleições "é uma parte pequena da flutuação" atual.

Pela manhã, o Banco Central informou ter cortado sua previsão de crescimento em 2014 de 1,6%, para 0,7%.

Leilões de dólares

O Banco Central vendeu todos os contratos em um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no futuro), que faz parte de seu programa de intervenções no mercado; além disso, realizou um leilão extra para rolar contratos que vencem em outubro.

No leilão diário, foram vendidos 4.000 contratos: 1.700 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 2.300 contratos com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. Os negócios movimentaram o equivalente a US$ 197,5 milhões.

No leilão de rolagem, foram vendidos 4.500 contratos para 3 de agosto de 2015, e 10,5 mil para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 738 milhões de dólares.

Ao todo, o BC rolou o equivalente a US$ 6,511 bilhões, ou cerca de 98% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.

(Com Reuters e Valor)

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