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Petrobras salta 15,5% após notícia sobre troca de presidente e puxa a Bolsa

Do UOL, em São Paulo

03/02/2015 17h41Atualizada em 03/02/2015 18h16

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) saltaram 15,5% nesta terça-feira (3), no maior ganho diário em 16 anos, e puxaram a alta da Bovespa. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou a sessão com ganho de 2,76%, a 48.963,66 pontos.

Nesta sessão, os papéis preferenciais da estatal (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, avançaram 15,47%, a R$ 10, na maior alta desde 15 de janeiro de 1999. Os ordinários (PETR3), com direito a voto, ganharam 14,24%, a R$ 9,79. Ontem, as duas ações já tinham registrado forte valorizaçãoNa sexta-feira (30), porém, tinham atingido o menor valor desde 2004.

O avanço da Petrobras ocorreu após notícia da "Folha de S.Paulo" sobre possível troca no comando da estatal, com a saída da presidente Graça Foster. O Palácio do Planalto negou a informação, mas as ações mantiveram a alta. O mercado fechou com a informação de que Graça Foster estava reunida com presidente Dilma Rousseff em Brasília. 

Também repercutiu positivamente no Ibovespa a divulgação do resultado trimestral do Itaú Unibanco, acima do esperado pelo mercado. As ações do banco (ITUB4) fecharam em alta de 2,79%, a R$ 34,25. 

A maior alta da Bolsa nesta terça foi a da construtora e incorporadora PDG. As ações da empresa (PDGR3) subiram 19,15%, a R$ 0,56.

Dólar cai após quatro altas seguidas e vai a R$ 2,694

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda, após quatro altas seguidas. A moeda norte-americana recuou 0,78%, cotada a R$ 2,694 na venda.

Na segunda-feira (2), a moeda norte-americana havia subido 0,96% e chegado ao maior patamar em mais de um mês.

Troca no comando da estatal pode levar a alta das ações no curto prazo

"Isso é definitivamente positivo para o preço das ações da Petrobras e para a empresa no curto e longo prazos", disse o analista Auro Rozenbaum do Bradesco BBI, referindo-se às notícias sobre mudanças na direção da companhia.

Em nota a clientes, ele observou que o envolvimento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no processo de seleção trazia credibilidade e que, se o sucessor de Graça for um executivo experiente e bem conhecido, pode haver um espaço de alta potencial no curto prazo para o papel.

"Esse é o único gatilho de curto prazo que enxergamos ser capaz de provocar um rali na ação", disse.

Ele ponderou, contudo, que a nomeação de um novo presidente-executivo não irá mitigar os riscos de curto prazo enfrentados pela estatal, que incluem dificuldades na aprovação do balanço auditado, bem como potenciais punições e/ou restrições de órgãos reguladores dos mercados de capitais no Brasil e Estados Unidos por causa das investigações na operação Lava Jato.

Bolsas internacionais

As seis principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta. O mercado de ações da Espanha subiu 2,62% e o da Itália avançou 2,57%. A Bolsa de Portugal fechou com alta de 1,75% e a da Inglaterra, com aumento de 1,32%. Na França, o aumento foi de 1,09%, e na Alemanha, de 0,58%.

Na Ásia e no Pacífico, a maioria das Bolsas fechou sem tendência, em meio a preocupações com o crescimento econômico e o otimismo com a Grécia. A Bolsa de Xangai subiu 2,47%, a da Austrália avançou 1,46%, a de Hong Kong subiu 0,29% e a de Taiwan ganhou 0,66%. Por outro lado, a Bolsa do Japão recuou 1,27%, Cingapura perdeu 0,45% e a Bolsa da Coreia do Sul fechou estável, com leve queda de 0,04%.

(Com Reuters)