Corte na meta fiscal faz dólar ter maior alta em quase 2 meses, a R$ 3,226
O dólar comercial fechou em alta de 1,65% nesta quarta-feira (22), a R$ 3,226 na venda. É a maior alta percentual diária desde 26 de maio, quando a moeda norte-americana tinha subido 1,68%. É também o maior valor de fechamento desde o dia 9 deste mês, quando o dólar fechou valendo R$ 3,236 na venda.
Na véspera, a moeda norte-americana tinha caído 0,86%.
Investidores estavam preocupados com a perspectiva de corte na meta fiscal do governo brasileiro.
"Uma redução muito significativa na meta pode alertar as agências (de classificação de risco) de que a situação no Brasil vai demorar muito mais para melhorar", disse o operador Glauber Romano, da corretora Intercam, à agência de notícias Reuters.
Os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) darão entrevista à imprensa após o fechamento do mercado para anunciar uma provável redução na meta de economia do governo.
Além de uma esperada redução da nota do Brasil pela Moody's para o último patamar dentro do grau de investimento, o mercado teme que a agência de classificação de risco atribua perspectiva negativa para a nota.
Contexto externo
O dólar também tem subido em relação a outras moedas no mundo todo em meio a expectativas de que os juros nos EUA devem começar a subir ainda neste ano.
Juros mais altos podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em outros países, como o Brasil.
Atuação do Banco Central
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares). Com isso, já rolou o equivalente a US$ 4,510 bilhões, ou cerca de 42% do lote que vence no início de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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