Dólar sobe 1,28%, a R$ 3,863, com preocupações sobre viabilidade do ajuste
O dólar comercial fechou em alta de 1,28% nesta terça-feira (15), a R$ 3,863 na venda.
Na véspera, a moeda norte-americana tinha caído 1,63%.
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Cenário nacional
Investidores estavam preocupados que boa parte das medidas anunciadas na véspera para equilibrar as contas públicas, como o retorno da CPMF, enfrentem dificuldades de aprovação no Congresso.
"A maioria das medidas depende da aprovação do Congresso e, levando em conta a baixa popularidade (da presidente Dilma Rousseff) e as relações difíceis com o Legislativo, vai ser difícil", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, à agência de notícias Reuters.
É previsto um corte de R$ 26 bilhões nos gastos públicos e um aumento de R$ 28,4 bilhões nas receitas, incluindo retorno da CPMP com alíquota de 0,2%.
As medidas vêm após a agência de classificação de risco Standard & Poor's retirar o selo de bom pagador do Brasil.
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9.450 contratos.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 4,525 bilhões, ou cerca de 48% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Contexto internacional
O mercado também adotava cautela antes da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), nesta semana. O BC dos EUA pode começar a subir as taxas de juros no país, embora haja dúvidas que isso aconteça nesta reunião, devido a temores com a desaceleração da economia chinesa.
Juros mais alto nos EUA preocupam investidores, pois podem atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil.
(Com Reuters)
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