Em dia de sobe e desce, dólar fecha em queda de 1,23%, valendo R$ 4,059
O dólar comercial fechou em queda de 1,23% nesta terça-feira (29), a R$ 4,059 na venda. O dia foi de muito sobe e desce: a moeda chegou a operar em alta de 1,11% e a cair até 2,37% ao longo da sessão.
Na véspera, a moeda norte-americana tinha subido 3,37%, na maior alta percentual diária desde 21 de setembro de 2011.
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Contexto nacional
O Banco Central reforçou sua intervenção no mercado de câmbio nos últimos dias com leilões de novos swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) e de venda de dólares com compromisso de recompra, mas não atuou até agora no mercado à vista.
"O debate sobre o uso de reservas (internacionais pelo BC) está intenso nas mesas", disse o gestor de um banco internacional à agência de notícias Reuters.
Operadores acreditam que o BC não quer mexer nas reservas internacionais para evitar que o país perca seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.
Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que "todos os instrumentos estão à disposição do BC".
"Parece que o mercado de câmbio brasileiro não está aceitando mais do mesmo em relação aos leilões do BC (de swap e linha) e testa para algo mais vigoroso", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.
"É um cabo de guerra. Ou o mercado se cansa de bater ou o BC desiste de proteger as reservas", disse o gestor de um banco internacional, sob condição de anonimato, à Reuters.
Atuações do BC
O BC vendeu nesta manhã a oferta total de até 20 mil novos swaps cambiais e fez um leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra.
O BC também vendeu parcialmente a oferta de swaps para rolagem dos contratos que vencem em outubro, mas anunciou outro leilão para o dia seguinte com os contratos que sobraram.
Se vender a oferta total de até 3.550 swaps no leilão desta quarta-feira, rolará quase integralmente o lote do mês que vem, equivalente a US$ 9,458 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Gastos do governo superaram receitas em R$ R$ 5,08 bi
Os gastos do governo federal superaram as receitas em R$ 5,08 bilhões em agosto, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional.
Apesar de negativos, os dados vieram melhores do que era esperado por analistas financeiros, o que animou um pouco o mercado.
Os dados se referem ao resultado primário do governo central (que inclui os números do Tesouro, Banco Central e INSS). O número é a diferença entre receitas e despesas não financeiras; a ideia é que sobre dinheiro e que ele seja usado para bancar os juros da dívida pública e evitar que ela cresça como uma bola de neve.
(Com Reuters)
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