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Dólar fecha em queda de 2%, a R$ 3,813, após maior alta em mais de 4 anos

Do UOL, em São Paulo

14/10/2015 17h13Atualizada em 14/10/2015 17h24

dólar comercial fechou esta quarta-feira (14) em queda de 2,08%, valendo R$ 3,813 na venda. A queda ocorre um dia depois da valorização de 3,58%, a maior alta diária em mais de quatro anos.

Cenário internacional

Investidores olharam com atenção para a divulgação de dados da economia chinesa. A inflação do país, medida pelo índice de preços ao consumidor, avançou 1,6% em setembro, abaixo do que era esperado por economistas (1,8%).

Nos Estados Unidos, as vendas do varejo tiveram leve alta de 0,1% em setembro. Além disso, Os preços ao produtor nos país recuaram 0,5% em setembro, abaixo da projeção de -0,2% feita por analistas em pesquisa da agência de notícias Reuters.

Com isso, investidores acreditam que a desaceleração da economia chinesa esteja causando efeitos nos Estados Unidos. Isso reforçaria a possibilidade de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) só aumentar a taxa de juros no país em 2016.

Taxas de juros mais altas nos Estados Unidos preocupam investidores, pois podem atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil.

Cenário nacional 

O mercado também continuava atento ao cenário político e econômico brasileiro. Operadores não descartavam a possibilidade de o real voltar a se desvalorizar por preocupações com um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Todo este quadro de indefinição da cena política, que prejudica e posterga cada vez mais o ajuste fiscal e a retomada do crescimento do Brasil, leva o investidor para um cenário de precaução e procura por segurança no dólar", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.

Atuações do BC

O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.

Até agora, o BC já rolou US$ 4,606 bilhões, ou cerca de 45% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)