Após subir mais de 1%, dólar muda e fecha quase estável, a R$ 3,767
Após operar a maior parte do dia em alta e chegar a subir mais de 1%, o dólar comercial inverteu o movimento no final da tarde e fechou esta quinta-feira (12) quase estável, com leve queda de 0,06%, a R$ 3,767 na venda.
Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,58%. No mês, o dólar acumula desvalorização de 2,47%, porém, no ano, já subiu 41,69%.
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Juros nos EUA
A mudança no sentido do dólar (de positivo para negativo) foi influenciada por declarações de membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos).
Nesta tarde, a presidente do Fed, Janet Yellen, discursou durante a abertura de um evento sobre política monetária, mas não comentou quando haveria alta de juros. Outros membros da entidade também demonstraram cautela em seus discursos.
Com disso, investidores voltaram a ter dúvidas se o Fed começará a aumentar os juros a partir da próxima reunião, em dezembro, o que era dado quase como certo pelo mercado.
A alta dos juros nos Estados Unidos preocupa investidores, pois pode atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os juros são mais altos, como é o caso do Brasil.
Orçamento para 2016
Hoje, a CMO (Comissão Mista de Orçamento) retirou do projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016 a possibilidade de o governo abater da meta fiscal até R$ 20 bilhões de investimentos previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A notícia foi encarada como positiva por investidores, pois aumentando a rigidez fiscal no controle das conta públicas.
Atuações do BC
Nesta tarde, o BC realizou leilão para venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra pela entidade.
A operação tem como objetivo aumentar a oferta de dólar no mercado e não faz parte do programa de leilões diários feitos pelo BC.
Pela manhã, O BC deu continuidade à rolagem diária dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em dezembro. Até agora, o BC rolou o equivalente a US$ 4,732 bilhões, ou cerca de 43% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Repatriação de bens de brasileiros no exterior
Na noite de quarta-feira, Câmara dos Deputados aprovou texto-base do projeto de repatriação de bens não declarados de brasileiros no exterior.
A medida pode trazer novos recursos para o país e faz parte do ajuste fiscal do governo para equilibrar as contas públicas.
Investidores especulavam, ainda, a possível troca do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
(Com Reuters)
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