Dólar sobe e fecha a R$ 4,166, novo recorde desde criação do real, em 1994
O dólar comercial teve a terceira alta seguida nesta quinta-feira (21) e fechou com valorização de 1,47%, a R$ 4,166 na venda. É o maior valor de fechamento desde a criação do Plano Real, em 1994. O recorde anterior tinha sido em 23 de setembro, a R$ 4,146.
Na véspera, o dólar havia subido 1,24%.
Em corretoras de São Paulo, o dólar turismo chegou a ser vendido a R$ 4,64 e o euro, a R$ 5,04.
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Taxa de juros no Brasil
Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Foi a primeira reunião do ano, e a quarta seguida em que a taxa foi mantida no mesmo nível.
O BC estava em um dilema entre subir os juros para tentar segurar a inflação ou mantê-los, para não atrapalhar ainda mais a recuperação da economia brasileira.
Além de piorar as perspectivas para a entrada de dólares no Brasil, a decisão aumentou as incertezas nos mercados locais, que até o início da semana apostavam em alta de 0,5 ponto percentual.
"(A manutenção da Selic) é um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse João Paulo de Gracia Correa, superintendente regional de câmbio da corretora SLW, à agência de notícias Reuters.
Contexto internacional
Nos mercados externos, a instabilidade dos preços do petróleo mantinha o quadro de cautela que predomina neste início de ano. Mas a decisão da China de injetar recursos no mercado reduzia o pessimismo dos investidores.
Atuações do BC
O Banco Central fez nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos.
Até o momento, o BC já rolou o equivalente a US$ 7,891 bilhões, ou cerca de 76% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
Esses leilões servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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