Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Petrobras salta quase 8% e puxa 4ª alta da Bolsa, mesmo após corte da nota

Do UOL, em São Paulo

17/02/2016 18h41

As ações da Petrobras saltaram 7,8% e as da Vale subiram 5,5%, puxando a quarta alta seguida do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira. O índice fechou em alta de 1,67% nesta quarta-feira (17), a 41.630,82 pontos.

A Bovespa fechou em alta, mesmo após a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixar a nota da dívida brasileira. 

As ações dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco também influenciaram a alta da Bolsa. Os papéis desses bancos, assim como os da Vale e da Petrobras, têm grande peso sobre o Ibovespa. 

Com isso, a Bovespa se mantém no maior nível de fechamento desde 6 de janeiro, quando havia encerrado o dia a 41.773,14 pontos. A Bolsa havia subido 2,13% na véspera

Dólar cai 1,88% após 6 altas

No mercado de câmbio, o dólar comercial chegou a cair mais de 2% durante o dia, mas reduziu o ritmo da queda no final da sessão e fechou com desvalorização de 1,88%, a R$ 3,994 na venda.

É a maior queda percentual diária desde 28 de dezembro do ano passado, quando a moeda havia caído 2,1%. 

Com isso, a moeda norte-americana interrompe uma sequência de seis altas. Na véspera, o dólar havia subido 1,86%. 

Agência corta nota do Brasil

A alta da Bovespa foi influenciada pela tranquilidade no mercado externo, com o avanço das Bolsas dos Estados Unidos e dos preços do petróleo.

Um maior ganho da Bolsa brasileira, no entanto, foi limitado pelo corte da nota do Brasil. A agência Standard & Poor's rebaixou a nota da dívida brasileira de "BB+" para "BB", alertando que os desafios políticos e econômicos do país ainda são "consideráveis". A agência manteve a nota com perspectiva negativa, o que significa que pode haver novo corte no futuro próximo.

A S&P já tinha tirado o "selo de bom pagador" do país em setembro, sendo seguida pela agência Fitch, em dezembro.

Vale e Petrobras saltam

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, dispararam 7,79%, a R$ 6,78. As ações preferenciais (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, subiram 5,41%, a R$ 4,68Os papéis foram influenciados pela alta dos preços do petróleo. 

Além disso, está em votação no Senado projeto que tira a obrigatoriedade da empresa de participar das explorações do petróleo da camada do pré-sal. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a expectativa era de votá-lo nesta quarta-feira.

Os bancos brasileiros estatais estariam considerando converter parte ou todos os seus empréstimos atuais à Petrobras em ações, conforme afirmaram à agência de notícias Reuters duas fontes com conhecimento do assunto na terça-feira.

As ações ordinárias da Vale (VALE3) avançaram 5,49%, a R$ 11,91. As ações preferenciais (VALE5), que dão prioridade na distribuição de dividendos, fecharam em alta de 4%, a R$ 8,59. 

Bradesco e Itaú sobem 

Os papéis do Bradesco (BBDC4) ganharam 1,1%, a R$ 20,21.

As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) tiveram valorização de 1,09%, a R$ 25,15. 

Bolsas internacionais

As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta acentuada.

  • Portugal: +3,03%
  • França: +2,99%
  • Inglaterra: +2,87%
  • Espanha: +2,79%
  • Alemanha: +2,65%
  • Itália: +2,48%

A maioria das Bolsas da Ásia e do Pacífico fechou em queda. A Bolsa da China, no entanto, subiu 1,1% e atingiu o maior nível em três semanas.

  • Japão: -1,36%
  • Cingapura: -1,16%
  • Hong Kong: -1,03%
  • Austrália: -0,57%
  • Coreia do Sul: -0,23%
  • China: +1,1%
  • Taiwan: +0,03%

(Com Reuters)