Petrobras salta quase 8% e puxa 4ª alta da Bolsa, mesmo após corte da nota
As ações da Petrobras saltaram 7,8% e as da Vale subiram 5,5%, puxando a quarta alta seguida do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira. O índice fechou em alta de 1,67% nesta quarta-feira (17), a 41.630,82 pontos.
A Bovespa fechou em alta, mesmo após a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixar a nota da dívida brasileira.
As ações dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco também influenciaram a alta da Bolsa. Os papéis desses bancos, assim como os da Vale e da Petrobras, têm grande peso sobre o Ibovespa.
Com isso, a Bovespa se mantém no maior nível de fechamento desde 6 de janeiro, quando havia encerrado o dia a 41.773,14 pontos. A Bolsa havia subido 2,13% na véspera.
Dólar cai 1,88% após 6 altas
No mercado de câmbio, o dólar comercial chegou a cair mais de 2% durante o dia, mas reduziu o ritmo da queda no final da sessão e fechou com desvalorização de 1,88%, a R$ 3,994 na venda.
É a maior queda percentual diária desde 28 de dezembro do ano passado, quando a moeda havia caído 2,1%.
Com isso, a moeda norte-americana interrompe uma sequência de seis altas. Na véspera, o dólar havia subido 1,86%.
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Agência corta nota do Brasil
A alta da Bovespa foi influenciada pela tranquilidade no mercado externo, com o avanço das Bolsas dos Estados Unidos e dos preços do petróleo.
Um maior ganho da Bolsa brasileira, no entanto, foi limitado pelo corte da nota do Brasil. A agência Standard & Poor's rebaixou a nota da dívida brasileira de "BB+" para "BB", alertando que os desafios políticos e econômicos do país ainda são "consideráveis". A agência manteve a nota com perspectiva negativa, o que significa que pode haver novo corte no futuro próximo.
A S&P já tinha tirado o "selo de bom pagador" do país em setembro, sendo seguida pela agência Fitch, em dezembro.
Vale e Petrobras saltam
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, dispararam 7,79%, a R$ 6,78. As ações preferenciais (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, subiram 5,41%, a R$ 4,68. Os papéis foram influenciados pela alta dos preços do petróleo.
Além disso, está em votação no Senado projeto que tira a obrigatoriedade da empresa de participar das explorações do petróleo da camada do pré-sal. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a expectativa era de votá-lo nesta quarta-feira.
Os bancos brasileiros estatais estariam considerando converter parte ou todos os seus empréstimos atuais à Petrobras em ações, conforme afirmaram à agência de notícias Reuters duas fontes com conhecimento do assunto na terça-feira.
As ações ordinárias da Vale (VALE3) avançaram 5,49%, a R$ 11,91. As ações preferenciais (VALE5), que dão prioridade na distribuição de dividendos, fecharam em alta de 4%, a R$ 8,59.
Bradesco e Itaú sobem
Os papéis do Bradesco (BBDC4) ganharam 1,1%, a R$ 20,21.
As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) tiveram valorização de 1,09%, a R$ 25,15.
Bolsas internacionais
As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta acentuada.
- Portugal: +3,03%
- França: +2,99%
- Inglaterra: +2,87%
- Espanha: +2,79%
- Alemanha: +2,65%
- Itália: +2,48%
A maioria das Bolsas da Ásia e do Pacífico fechou em queda. A Bolsa da China, no entanto, subiu 1,1% e atingiu o maior nível em três semanas.
- Japão: -1,36%
- Cingapura: -1,16%
- Hong Kong: -1,03%
- Austrália: -0,57%
- Coreia do Sul: -0,23%
- China: +1,1%
- Taiwan: +0,03%
(Com Reuters)
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