Dólar emenda segunda baixa e fecha a R$ 3,519, sem BC e de olho na política
O dólar comercial fechou esta terça-feira (26) em queda de 0,83%, cotado a R$ 3,519 na venda.
Foi a segunda baixa seguida. Na véspera, o dólar já havia caído 0,61%.
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Foi também o segundo dia consecutivo em que o Banco Central não atuou no mercado de câmbio.
O mercado também foi influenciado pela cena política do país, à espera dos próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
Equipe econômica de Temer
Os investidores seguem de olho nos possíveis nomes que devem formar a equipe de Michel Temer, caso o impeachment seja concretizado. No fim de semana ganhou força Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, para assumir o Ministério da Fazenda.
Outros nomes que circularam entre os possíveis membros da equipe econômica foram Murilo Portugal, presidente da Febraban, e o senador José Serra (PSDB-SP), ambos para a Fazenda.
Segundo a "Folha", Temer sinalizou que está disposto a ceder a Meirelles o direito de indicar o presidente do Banco Central se ele de fato assumir a Fazenda.
Processo de impeachment
A comissão especial do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado elegeu hoje o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) como presidente e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo.
O parecer da comissão deve ser votado pelo plenário do Senado no dia 12 de maio. Se a maioria dos senadores votar pelo impeachment, a presidente Dilma pode ser afastada por até 180 dias.
Ausência do BC
O Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio hoje, repetindo a estratégia da véspera.
O BC vinha fazendo leilões de swaps cambiais reversos --equivalentes à compra futura de dólares-- de forma intensa nas últimas semanas, mas diminuiu o ritmo nos últimos dias.
Juros nos EUA
O cenário externo também ficou no radar dos investidores, à espera da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), nesta quarta-feira.
A expectativa geral é de que o Fed mantenha os juros, mas sinalize quando pode voltar a subir as taxas. Juros mais altos nos EUA podem levar a saída de recursos de mercados como o Brasil.
(Com Reuters)
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