Bolsa sobe 2,63%, com Petrobras e metalúrgicas, ao maior nível em 11 meses
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quarta-feira (27) em alta de 2,63%, a 54.477,78 pontos, na segunda alta seguida. Na véspera, a Bolsa já havia subido 2,35%.
Com isso, a Bovespa atinge a maior pontuação de fechamento em 11 meses, desde 25 de maio de 2015, quando a Bolsa havia atingido 54.609,25 pontos.
Na semana, a Bolsa acumula alta de 2,97% e no mês, avanço de 8,84%.
A alta de hoje foi puxada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, das metalúrgicas e dos bancos.
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Petrobras avança 6%
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, avançaram 6%, a R$ 10,25.
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, fecharam em alta de 4,85%, a R$ 13,40. Os papéis da estatal foram influenciados pelo cenário político.
Metalúrgicas sobem
As ações da Usiminas (USIM5) saltaram 7,5%, a R$ 2,58. Nesta sessão o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a indicação de conselheiros pela concorrente CSN para a assembleia de acionistas de quinta-feira. Os papéis da CSN (CSNA3) dispararam 5,28%, a R$ 12,95.
As ações preferenciais da Vale (VALE5) avançaram 3,11%, a R$ 15,27, enquanto as ações ordinárias da Vale (VALE3) subiram 4,07%, a R$ 19,45.
Os papéis da Gerdau Metalúrgica (GOAU4) avançaram 5,40%, a R$ 2,93, e os do grupo Gerdau (GGBR4) subiram 5,48%, a R$ 8,09.
Bancos têm alta
As units (conjunto de ações) do Santander Brasil (SANB11), maior banco estrangeiro no país, fecharam em alta de 2,36% a R$ 17,81. O banco divulgou lucro líquido gerencial (ajustado, com exclusão de despesas de amortização de ágio) de R$ 1,66 bilhão, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015.
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) saltaram 2,53%, a R$ 22,30. As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram ganhos de 3,52%, a R$ 26,77, e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) subiram 3,42%, a R$ 33,60.
Dólar sobe 0,15% e vale R$ 3,524
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,15%, cotado a R$ 3,524 na venda.
Na véspera, o dólar havia fechado em queda de 0,83%.
Cenário político
Os investidores continuavam atentos aos próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, que poderá afastá-la do cargo.
Com a ressalva de que não divulgará a nova equipe até a decisão do Senado sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer admitiu que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é o nome que tem para assumir o Ministério da Fazenda para um eventual governo.
Juros no Brasil e nos EUA
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decide hoje à noite a Selic, a taxa básica de juros do país. Esse é o terceiro encontro neste ano. A taxa está em 14,25% ao ano desde julho do ano passado. A tendência é que isso aconteça novamente nesta semana, na opinião da maioria dos analistas de mercado consultados pelo BC para o Boletim Focus.
Nos Estados Unidos, o banco central (Federal Reserve, ou Fed) manteve a taxa de juros nesta tarde entre 0,25% e 0,50%, mas sinalizou confiança na perspectiva econômica do país, deixando a porta aberta para uma alta em junho.
"Como a decisão (do Fed) adia qualquer possibilidade de aumento de juros, o mercado tira aquele peso das costas, porque infelizmente quando houver novos aumentos sabemos que isso vai mexer com o dinheiro no mundo inteiro, e aqui nos emergentes em geral mais ainda", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Juros mais altos nos EUA podem levar a saída de recursos de mercados como o Brasil.
Bolsas internacionais
As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta:
- Inglaterra: +0,56%
- Alemanha: +0,39%
- França: +0,58%
- Itália: +0,43%
- Espanha: +0,53%
- Portugal: +0,43
Já as Bolsas de Valores da Ásia e do Pacífico caíram:
- Japão: -0,36%
- Hong Kong: -0,21%
- China: -0,36%
- Coreia do Sul: -0,21%
- Taiwan: -0,22%
- Cingapura: -0,69%
- Austrália: -0,63%.
(Com Reuters)
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