Bolsa sobe pelo segundo dia e fecha em alta de 2%; JBS dispara mais de 8%
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta pelo segundo dia seguido. Nesta quarta-feira (29), o índice subiu 1,99%, a 51.001,91 pontos. Na véspera, havia subido 1,55%.
Com isso, a Bolsa acumula alta de 5,22% no mês e de 17,65% no ano.
O avanço de hoje foi influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, da mineradora Vale e dos bancos. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa. A JBS, dona das marcas Friboi e Seara, disparou mais de 8%.
Na outra ponta, a Hypermarcas liderou as perdas entre as ações do Ibovespa, assim como ontem. Fechou em baixa de mais de 14%.
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JBS salta 8,15%
As ações da JBS (JBSS3) saltaram 8,15%, a R$ 9,95. Foi a maior alta do Ibovespa no dia.
Os papéis da empresa dispararam após a Rússia decidir prorrogar a proibição de importações de alimentos de países da Europa até o fim de 2017. Isso pode abrir mercado para a companhia brasileira, segundo analistas.
Petrobras ganha 3,26%
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, subiram 3,26%, a R$ 9,50.
As ações ordinárias (PETR3), com direito a voto em assembleia, avançaram 2,84%, a R$ 11,57.
Os papéis da estatal foram influenciados pela alta nos preços do petróleo e pelo risco de greve de trabalhadores da indústria petrolífera na Noruega, o que pode diminuir a oferta da matéria-prima no mercado e elevar seu preço.
Vale avança 2,47%
As ações preferenciais da Vale (VALE5) ganharam 2,47%, a R$ 12,87, e as ações ordinárias da Vale (VALE3) se valorizaram 1,62%, a R$ 15,71.
Os papéis da mineradora foram influenciados pela alta nos preços do minério de ferro na China.
Bancos sobem
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 2,87%, a R$ 16,49.
As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram alta de 2,41%, a R$ 25,04, e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) avançaram 2,24%, a R$ 29,61.
Hypermarcas despenca 14,26%
No sentido oposto, as ações da Hypermarcas (HYPE3) despencaram 14,26%, a R$ 22,25. Ontem, os papéis fecharam em queda de 8,47%.
As ações foram afetadas após a divulgação de notícias de que seu principal acionista, João Alves de Queiroz Filho, teria sido citado em uma quebra de sigilo na Operação Lava Jato.
Na véspera, o papel da empresa também despencou após notícia envolvendo o ex-diretor de Relações Institucionais Nelson Mello em um suposto esquema de pagamento de propina a senadores do PMDB. Em nota, a companhia disse que não é alvo de investigações e que não se beneficiou de atos praticados por Mello.
Dólar cai 2,09%, a R$ 3,237
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 2,09%, cotado a R$ 3,237 na venda. É a segunda baixa seguida da moeda norte-americana, que já havia caído 2,61% na véspera.
Esse é o menor valor de fechamento do dólar desde 22 de julho de 2015, quando a moeda terminou o dia valendo R$ 3,226.
Com isso, o dólar acumula desvalorização de 10,39% no mês e de 18,01% no ano.
Bolsas internacionais
As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta acentuada.
- Inglaterra: +3,58%
- Espanha: +3,45%
- França: +2,60%
- Itália: +2,21%
- Portugal: +1,87%
- Alemanha: +1,75%
As Bolsas da Ásia e do Pacífico também terminaram o dia com ganhos.
- Japão: +1,59%
- Cingapura: +1,31%
- Hong Kong: +1,31%
- Coreia do Sul: 1,04%
- Taiwan: +0,95%
- Austrália: +0,77%
- China: +0,69%
(Com Reuters)
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