Dólar sobe pela 6ª vez seguida, ganha 3,2% no período e fecha a R$ 3,233
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (18) em alta de 0,68%, cotado a R$ 3,233 na venda. Foi o sexto avanço seguido da moeda norte-americana, que havia subido 0,55% na véspera.
Nos últimos seis dias, o dólar acumulou valorização de 3,22%, passou de R$ 3,132 em 10 de agosto para R$ 3,233 nesta quinta.
A cotação do dólar foi influenciada pela repercussão da ata do Fed (BC dos EUA) sobre juros e por nova intervenção do BC brasileiro no mercado de câmbio.
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Juros nos EUA
Investidores ainda repercutiam a ata da última reunião sobre juros do Fed (Federal Reserve, banco Central dos Estados Unidos), divulgada na véspera.
O documento mostrou uma certa cautela de alguns membros do Fed, o que contrariou as apostas que cresceram nos últimos dias de que os juros nos EUA poderiam subir em breve.
"Autoridades do Fed têm feito comentários mais agressivos [no sentido de subir os juros], mas a ata de ontem foi cautelosa, não se comprometeu com um prazo. Isso deixa o mercado em uma encruzilhada, esperando mais comunicações oficiais", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.
Na manhã desta quinta-feira, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, voltou a sugerir a possibilidade de alta de juros em breve, ressaltando o fortalecimento do mercado de trabalho norte-americano.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
Atuação do BC
No Brasil, investidores continuavam buscando mais pistas sobre as intenções do Banco Central no mercado de câmbio.
Pela manhã, o BC vendeu 15 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares, mantendo o ritmo maior de atuação que começou na quinta da semana passada.
Declarações do presidente interino, Michel Temer, demonstrando preocupação com a queda da moeda norte-americana levaram alguns investidores a apostar que o governo quisesse evitar maior desvalorização do dólar.
Dólar barato demais pode atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações e impulsionar as importações. Por outro lado, o dólar alto faz a inflação acelerar.
(Com Reuters)
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