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Bolsas da Ásia despencam após eleição de Trump nos EUA; Japão desaba 5,36%

Vitória de Trump nos EUA faz Bolsas caírem pelo mundo

AFP

Do UOL, em São Paulo

09/11/2016 07h48Atualizada em 09/11/2016 10h52

As Bolsas da Ásia e do Pacífico despencaram nesta quarta-feira (9), após a eleição do republicano Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos.

O índice japonês Nikkei tombou 5,36%, na maior queda diária desde o referendo que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia, em junho.

O índice começou a cair com força quando a apuração mostrou que as pesquisas que indicavam vitória da democrata Hillary Clinton não se confirmariam. Trump se elegeu ao alcançar ao menos 276 dos 538 votos no Colégio Eleitoral em contagem parcial dos votos pela agência de notícias Associated Press às 5h35 (horário de Brasília) desta quarta. 

A Bolsa da China fechou antes da confirmação da vitória do republicano, mas, ainda assim, fechou em queda, de 0,61%. 

Veja como fecharam as Bolsas asiáticas:

  • Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 5,36%, a 16.251 pontos.
  • Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,16%, a 22.415 pontos.
  • Em Xangai, o índice SSEC perdeu 0,61%, a 3.128 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 0,52%, a 3.353 pontos.
  • Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 2,25%, a 1.958 pontos.
  • Em Taiwan, o índice Taiex registrou baixa de 2,98%, a 8.943 pontos.
  • Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 1,08%, a 2.789 pontos.
  • Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 1,93%, a 5.156 pontos.

O que preocupa os investidores?

Os mercados financeiros globais apostaram na vitória de Hillary Clinton, mas cada nova pesquisa de boca de urna nos Estados Unidos mostrava como a corrida estava apertada, levando os investidores a evitar negócios de risco. 

A eleição do bilionário surpreendeu o mundo, encerrando oito anos de governos democratas e colocando os EUA em um novo e incerto caminho.

"É uma hecatombe nos mercados", disse Craig Erlam, analista da consultoria Oanda.

Paul Ashworth, da Capital Economics, o prroblema é a incerteza sobre que tipo de presidente Trump será. "O populista da campanha eleitoral, que ameaçou silenciar seus opositores, censurar a imprensa, construir um muro na fronteira e iniciar uma guerra comercial internacional? Ou pode virar um homem de Estado capaz de governar de forma mais moderada?", questiona o analista. 

Investidores se preocupam também com a possibilidade de Trump adotar políticas protecionistas e desistir de acordos de comércio internacional, o que pode ser negativo para algumas indústrias japonesas como as automotivas, disseram operadores.