Com eleição, dólar sobe de novo e atinge R$ 4,056; Bolsa avança 2,29%
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (22) em alta de 0,46%, cotado a R$ 4,056 na venda, no sexto avanço seguido. É o maior valor de fechamento desde 16 de fevereiro de 2016, quando a moeda terminou o dia valendo R$ 4,071. Na véspera, o dólar subiu 2,01% e fechou acima de R$ 4 pela primeira vez também desde fevereiro de 2016.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior do que o divulgado no câmbio comercial.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 2,29%, a 76.902,3 pontos. É o maior ganho percentual diário desde 14 de fevereiro (+3,27%). Na véspera, o índice caiu 1,5%.
Investidores reagiam após a divulgação de uma nova pesquisa eleitoral (leia mais abaixo). Resultados de pesquisas normalmente causam preocupação no mercado e abrem espaço para especulação.
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Petrobras, Vale e bancos sobem
Entre os destaques da Bolsa as ações da Petrobras (+3,56%), do Banco do Brasil (+3,48%), da mineradora Vale (+3,03%), do Bradesco (+2,46%) e do Itaú Unibanco (+2,38%) registraram fortes altas nesta sessão. Essas empresas têm grande peso sobre o índice.
Pesquisa eleitoral
Os resultados da pesquisa Datafolha divulgados nesta quarta-feira mostraram o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, liderando a corrida presidencial quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não aparece na disputa.
O mercado financeiro segue aflito com o panorama político devido à decepção com o desempenho de seu candidato preferido, o tucano Geraldo Alckmin. Enquanto Bolsonaro aparece na pesquisa com 22% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (Rede), com 16%, Alckmin tem 9%.
No cenário em que Lula aparece como candidato, o ex-presidente lidera, com 39% de apoio, seguido por Bolsonaro (19%) e Marina (8%).
Juros dos EUA
O dólar desacelerou a alta nesta tarde, após a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano. O documento indicou que o Fed deve continuar subindo os juros aos poucos no país. Uma alta mais acelerada das taxas nos EUA poderia atrair para lá recursos aplicados em outras economias, como a brasileira.
Até agora, o Fed já aumentou a taxa de juros duas vezes neste ano, e os agentes econômicos acreditam que outras duas altas ocorrerão neste ano diante da força econômica do país.
(Com Reuters)
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