Dólar fecha em alta, a R$ 4,142, e Bolsa sobe 2%, no 3º avanço seguido
O dólar comercial fechou esta terça-feira (18) em alta de 0,41%, a R$ 4,142 na venda, num movimento de correção, após queda acentuada na véspera. Ontem, o dólar caiu 1% e fechou a R$ 4,125.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu pelo terceiro pregão seguido e fechou em alta de 1,99%, a 78.313,96 pontos. Na véspera, a Bolsa já havia subido 1,8%.
Investidores aguardam a divulgação da pesquisa eleitoral Ibope hoje à noite. Resultados de pesquisas eleitorais, notícias e boatos sobre candidatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.
O mercado também foi influenciado pelo cenário externo, com a disputa comercial entre EUA e China.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
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Pesquisas eleitorais
Na segunda-feira, o dólar recuou ante o real após pesquisa CNT/MDA mostrar o fortalecimento do candidato Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, na disputa para presidente. Nesta terça-feira à noite, deve ser divulgada uma pesquisa Ibope.
"O mercado já vê com bons olhos um segundo turno entre Bolsonaro e PT, porque há grandes chances do deputado vencer", disse o operador Jefferson Laatus, sócio da LAATUS Educacional. Segundo ele, o movimento da véspera foi um pouco exagerado "e o mercado tentava corrigir um pouco nesta sessão".
Investidores preferem candidatos mais comprometidos com o ajuste das contas públicas e sua primeira opção é o tucano Geraldo Alckmin. Mas como ele não tem conseguido avançar nas pesquisas, o mercado já tem aceitado Bolsonaro como alternativa a candidatos com perfil mais à esquerda.
"Ciro Gomes não está morto ainda (na disputa), e o risco de no segundo turno ter um (candidato com viés) de esquerda que não seja o PT existe", afirmou Lattus. Para ele, neste cenário, Ciro, candidato do PDT, é mais forte para derrubar Bolsonaro.
A semana ainda inclui levantamentos Datafolha (quinta-feira) e XP/Ipespe (sexta-feira).
Embate China X EUA
O governo norte-americano disse, no final da segunda-feira, que começará a cobrar em 24 de setembro novas tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, com as tarifas subindo para 25% até o final de 2018.
Anteriormente, o presidente Donald Trump ameaçou aplicar sobre esses produtos tarifas de 25% imediatamente. Em retaliação, a China prometeu taxar US$ 60 bilhões em produtos dos EUA.
As medidas, entretanto, já eram esperadas pelos investidores. Por isso, o efeito foi contido.
Ação do BC
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 5,995 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
(Com Reuters)
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