Dólar fecha em alta pelo 2º dia, a R$ 3,868, e Bolsa avança; JBS salta 5,5%
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (5) em alta de 0,23%, cotado a R$ 3,868 na venda. É o segundo avanço seguido da moeda e o maior valor de fechamento desde 27 de novembro (R$ 3,877).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa, também fechou em alta, de 0,47%, a 89.039,79 pontos. Na terça-feira (4), o dólar subiu 0,44%, e a Bolsa caiu 1,33%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Leia também:
- Bolsa está 33% abaixo de recorde histórico se descontada a inflação
- Guerra comercial e expectativa com novo governo pesam sobre dólar
- Guedes: investidor ultraliberal e investigado
- Por que o dólar que eu compro é mais caro que o da mídia?
JBS salta 5,5%
A maior alta da Bolsa no dia foi da JBS, que disparou 5,49%. Na véspera, foi anunciada a nomeação de Gilberto Tomazoni como novo presidente-executivo da empresa, substituindo o fundador, José Batista Sobrinho.
Também se valorizaram as ações do Banco do Brasil (+1,01%) e da Petrobras (+0,87%).
Por outro lado, os papéis da Vale (-0,15%) caíram. Os bancos Itaú Unibanco (+0,06%) e Bradesco (-0,05%) fecharam praticamente estáveis. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Preocupações com a economia dos EUA
Investidores mantinham as preocupações em relação à trégua na disputa comercial entre Estados Unidos e China e a uma possível desaceleração na economia global. Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que é o "homem das tarifas" e que, se a China não chegar a um acordo durante os 90 dias de trégua, ele não hesitará em aumentar os impostos sobre os produtos chineses.
Nesta quarta-feira, no entanto, ele suavizou o discurso ao declarar ter acreditado nas palavras do presidente chinês, Xi Jinping, durante encontro no final de semana. Trump afirmou que a China está trabalhando firme para chegar a um acordo.
Nos EUA, os mercados estão fechados em luto pela morte do ex-presidente George H. W. Bush, o que ajudou a aliviar a pressão sobre Wall Street.
Na véspera, as expectativas de que os negócios e o consumo no país possam cair nos próximos meses estimularam as compras dos Treasuries, os títulos do governo norte-americano, de longo prazo. A busca pelos títulos fez o retorno do papel de dez anos cair ao nível mais baixo desde meados de setembro. Essa mudança na curva de juros gerou temores de uma recessão, e as Bolsas dos EUA despencaram mais de 3%.
Contas do governo
No Brasil, os investidores acompanhavam as negociações políticas, um dia depois de novo adiamento da votação do projeto de lei sobre leilão bilionário de áreas do pré-sal, a chamada cessão onerosa. O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, indicou nesta quarta que a votação só deve ocorrer em 2019, já que é uma discussão "muito difícil de ser feita em duas ou três semanas".
A possibilidade de fatiamento da reforma da Previdência, conforme declaração do presidente eleito, Jair Bolsonaro, também gerava desconfiança nos investidores.
Atuação do BC
O Banco Central realizou nesta sessão leilão de 13,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de janeiro, no total de US$ 10,373 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la nas próximas três semanas, como previu o BC em nota, terá feito a rolagem integral.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.