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Bolsa cai e perde 1,9% no mês; dólar tem alta mensal de 2,6%, a R$ 3,753

Do UOL, em São Paulo

28/02/2019 17h29Atualizada em 28/02/2019 18h35

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, emendou a segunda queda e fechou em baixa de 1,77%, a 95.584,35 pontos. É a maior queda percentual diária em quase um mês, desde 6 de fevereiro (-3,74%). Assim, a Bolsa encerra o mês com perda acumulada de 1,86%.

dólar comercial fechou em alta de 0,61%, cotado a R$ 3,753 na venda. Com isso, a moeda acumulou valorização de 2,58% em fevereiro, após cair 5,6% em janeiro.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Petrobras cai 2,6%

Entre os destaques da Bolsa, as ações da Petrobras caíram 2,64%, após a empresa registrar seu primeiro lucro anual desde 2013. Apesar disso, a companhia informou que vai pagar dividendos mínimos aos acionistas até que julgue ter saúde financeira suficiente para remunerar mais os investidores.

Os papéis da Ambev despencaram 6,15%, entre as maiores perdas do dia. A empresa teve lucro líquido de R$ 3,46 bilhões no quarto trimestre do ano passado, mas sinalizou crescimento de custos em 2019.

Também fecharam em queda as ações do Bradesco (-2,63%), do Banco do Brasil (-2,5%) e do Itaú Unibanco (-1,89%). Por outro lado, a Vale (+0,58%) terminou o dia em alta. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Reforma da Previdência

O mercado também estava de olho nas negociações da reforma da Previdência. Em encontro com jornalistas hoje, o presidente Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de negociar pontos da proposta, entre eles a redução da idade mínima para aposentadoria das mulheres de 62 para 60 anos.

Além disso, Bolsonaro disse que pode fazer concessões no BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é pago para idosos de baixa renda, e na porcentagem da pensão por morte, que poderia passar de 60% para 70%.

Após a declaração de Bolsonaro, o dólar se firmou em alta e a Bolsa passou a cair com mais força. "Não precisava ter feito esse comentário. Ninguém estava pressionando neste ponto da idade mínima. Adiciona ruído em um momento já de maior cautela", afirmou um gestor no Rio de Janeiro à agência de notícias Reuters, sob a condição de anonimato.

Diante de um cenário já mais cauteloso com sinais de tramitação complicada do texto apresentado na semana passada, a sinalização endossou preocupações sobre uma 'desidratação' da proposta original, que prevê economia de R$ 1 trilhão em dez anos.

PIB do Brasil e dos EUA

Investidores analisavam a divulgação dos PIBs (Produto Interno Bruto, a soma de tudo o que produzido no país) brasileiro e norte-americano em 2018.

A economia brasileira cresceu 1,1% em 2018 em relação a 2017, mas desacelerou no quarto trimestre, o que frustrou o mercado. Nos Estados Unidos, a economia desacelerou menos que o esperado no último trimestre do ano passado em meio a gastos sólidos de consumidores e empresas.

(Com Reuters)

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