Petrobras tem lucro de R$ 25,8 bilhões em 2018, após 4 anos de prejuízo
A Petrobras teve lucro líquido de R$ 25,779 bilhões em 2018, após quatro anos seguidos de prejuízo. Em 2017, a petroleira estatal teve perda de R$ 446 milhões. A Petrobras vinha tendo prejuízos anuais desde 2014, sobretudo devido ao impacto dos atos de corrupção, investigados pela operação Lava Jato.
O lucro acima é o atribuível aos acionistas, usado como base para o cálculo de distribuição de dividendos. O lucro consolidado foi de R$ 26,698 bilhões em 2018. Considerando apenas o quarto trimestre de 2018, a empresa reportou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 2,1 bilhões, contra prejuízo de R$ 5,5 bilhões no mesmo período de 2017. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no ano passado somou R$ 114,8 bilhões, contra R$ 76,5 bilhões em 2017.
Greve dos caminhoneiros
Apesar do resultado positivo, a Petrobras teve um 2018 conturbado, sobretudo por causa da greve dos caminhoneiro, em maio. Os caminhoneiros paralisaram o país por dez dias, em protesto contra os preços dos combustíveis, em especial do diesel.
Numa primeira tentativa de acabar com a greve, a Petrobras reduziu o preço do diesel em 10% nas refinarias. A paralisação continuou, levando à demissão do então presidente da estatal Pedro Parente.
A greve só terminou quando o governo atendeu mais reivindicações dos caminhoneiros: reduziu impostos cobrados sobre o diesel, concedeu a isenção de pedágio para eixos suspensos dos veículos e estabeleceu a tabela de valores mínimos para o frete.
Diante de críticas, a Petrobras mudou sua política de preços para o diesel no final do ano passado. Em momentos de grande instabilidade (alta ou queda nos preços por um longo período), a estatal poderá acionar um mecanismo de proteção para manter os preços estáveis nas refinarias por até sete dias.
Novo presidente
No início deste ano, o economista Roberto Castello Branco tomou posse como presidente da Petrobras. Ele foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro após recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Castello Branco é amigo pessoal de Guedes. Os dois têm passagens pela Universidade de Chicago, um dos principais expoentes do liberalismo econômico.
No discursos de posse, ele defendeu uma maior competição no setor de combustíveis, criticou o monopólio da estatal e a intervenção do Estado na economia.
(Com Reuters)
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