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Bolsa sobe, bate recorde e ganha 4% na semana; dólar cai e fecha a R$ 3,821

Do UOL, em São Paulo

15/03/2019 17h19Atualizada em 15/03/2019 18h05

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,54%, a 99.136,74 pontos. É a maior pontuação de fechamento da Bolsa na história, superando o recorde anterior alcançado na quarta-feira (98.903,88 pontos). Assim, o índice acumula ganho de 3,96% na semana, a maior valorização semanal desde 4 de janeiro (4,5%). É a segunda semana seguida em que Bolsa sobe.

O dólar comercial fechou em queda de 0,71%, cotado a R$ 3,821 na venda. Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com desvalorização acumulada de 1,28%, após subir por três semanas seguidas. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

BRF e JBS sobem

Entre as maiores altas da Bolsa, as ações da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, saltaram 7,08%, e as da JBS, dona da Friboi, subiu 3,13%. Analistas destacaram que as empresas podem aumentar suas exportações após notícias sobre a gripe suína africana no mercado chinês.

Os papéis da Embraer (5,11%) também tiveram forte avanço. Além disso, fecharam em alta as ações da Petrobras (1,05%), do Banco do Brasil (0,86%) e do Bradesco (0,42%).

Por outro lado, os papéis da Vale (-0,32%) caíram e os do Itaú Unibanco (-0,03%) ficaram praticamente estáveis. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Leilão de aeroportos anima investidores

O mercado estava otimista após o governo federal arrecadar R$ 2,377 bilhões com o leilão de 12 aeroportos hoje. O valor representa um ágio de 986% em relação ao valor mínimo fixado pelo governo para o leilão.

Dois dos três lotes foram arrematados por estrangeiros, o que foi um "bom sinal", disse um profissional de uma gestora de São Paulo à agência de notícias Reuters.

Os agentes internacionais, de forma geral, têm demonstrado mais cautela com o mercado brasileiro, em um contraste com o otimismo verificado após as eleições. A cautela é justificada pelas incertezas sobre o andamento da reforma da Previdência.

Reforma segue no radar

O mercado chega ao final da semana aguardando avanços na tramitação da reforma e focado no envio das novas regras da aposentadoria para militares. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, diz que vai enviar a proposta até dia 20.

Investidores observam eventuais concessões dadas a militares após notícias de que a proposta das Forças Armadas deve trazer um aumento no tempo de serviço e da contribuição dos militares.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão todo o lote de 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólar futuro. A operação visa postergar o vencimento de papéis que, inicialmente, venceriam em 1º de abril.

Em oito operações realizadas, o BC já rolou o equivalente a US$ 5,8 bilhões. O lote inicial a expirar em 1º de abril é de US$ 12,321 bilhões.

(Com Reuters)

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