Bolsa cai 0,83%; dólar sobe e fecha a R$ 3,954, com Previdência e exterior
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,83%, a 94.807,85 pontos. O dólar comercial fechou em alta de 0,52%, cotado a R$ 3,954 na venda.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Ações da Taurus caem 12%
As ações da fabricante de armas Taurus fecharam em queda de 12,47%, após dispararem 23,5% ontem. A empresa não faz parte do Ibovespa.
A disparada nos papéis da empresa aconteceu um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro assinar um decreto que flexibiliza as regras para registro, posse, porte e comercialização de armas.
No mercado financeiro, é comum uma ação cair após uma grande valorização. Isso porque muitos investidores aproveitam o momento para vender os papéis e embolsar o lucro.
Negociações entre EUA e China
O cenário externo afetou o mercado, com investidores cautelosos, monitorando o avanço da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Um acordo entre os dois lados foi posto em dúvida nesta semana após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar aumento das tarifas sobre produtos chineses de 10% a 25% a partir de amanhã.
Representantes dos dois países ainda participam de negociações, mas a China endureceu o discurso, dizendo estar preparada para defender seus interesses e que não vai ceder aos EUA.
Reforma da Previdência
No cenário interno, o mercado segue tendo a reforma da Previdência no radar, após participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na comissão especial da Câmara ontem.
Na avaliação de participantes do mercado, Guedes se saiu bem na comissão, mas ainda há uma preocupação ligada à atuação do chamado Centrão.
"O problema maior é que o Centrão ainda não vai ficar contente só com esses dois ministérios. Vai querer mais, com certeza. Isso vai causar uma certa instabilidade, e o Bolsonaro vai começando a fazer a velha política", disse à agência de notícias Reuters o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcanti.
Ele se referiu à decisão do presidente Jair Bolsonaro de recriar os ministérios das Cidades e da Integração Nacional, cedendo à pressão de parlamentares.
BC manteve juros
Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou a decisão de manter em 6,5% a taxa básica de juros do país, a Selic. O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, e este foi o nono encontro seguido em que decidiu não alterá-la, em meio ao ritmo lento de recuperação da economia.
Na sessão de hoje, o BC vendeu todos os 5.050 swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento julho. Em seis operações, o BC já rolou US$ 1,515 bilhão, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
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