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Bolsa sobe e fecha no maior nível em mais de 2 meses; dólar cai a R$ 3,877

Do UOL, em São Paulo

07/06/2019 17h20Atualizada em 07/06/2019 17h34

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia em alta de 0,63%, a 97.821,26 pontos, no maior nível em mais de dois meses, desde 20 de março (98.041,37). Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 0,82%, na terceira alta semanal seguida.

O dólar comercial emendou a segunda queda seguida e fechou o dia com desvalorização de 0,13%, cotado a R$ 3,877 na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou perda de 1,2%, no terceiro recuo semanal consecutivo.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

STF liberou privatização de subsidiárias

Investidores reagiram positivamente ao resultado do julgamento de ontem, do STF (Supremo Tribunal Federal), que liberou a venda de subsidiárias de estatais pelo governo, sem precisar passar por aprovação prévia do Congresso Nacional.

A decisão abre caminho para negociações que já estavam em andamento e foram congeladas, como a venda da TAG, braço de gasodutos da Petrobras.

Por outro lado, a venda de "empresas mãe", como Petrobras ou Banco do Brasil, por exemplo, precisara passar por votação no Parlamento, de acordo com o STF.

Inflação baixa e corte de juros

Também influenciou o mercado o resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice apontou inflação de 0,13% em maio, a mais baixa para o mês em dez anos.

Os preços baixos reforçam a análise de que a o consumo e a economia ainda estão fracos, o que ampliou as expectativas de que o Banco Central volte a reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em breve.

A Selic está atualmente em 6,5% ao ano, o nível mais baixo de sua história. Mas há mais de um ano ela não é alterada pelo BC. Baixar os juros é uma maneira de baratear o crédito e estimular o consumo e o crescimento econômico de um país.

Corte de juros também no exterior

No exterior, há nos mercados a expectativa de cortes de juros por países centrais para evitar o enfraquecimento da economia.

Nesta semana, declarações dos bancos centrais tanto dos Estados Unidos quanto da União Europeia chamaram a atenção para a desaceleração do crescimento econômico. As análises abriram margem para interpretações de que ambos podem baixar juros em breve.

Dados fracos de emprego nos EUA divulgados hoje reforçaram essa aposta. O país criou 75 mil postos de trabalho em maio, bem abaixo dos 180 mil que eram esperados.

Além de estimularem o crescimento econômico, juros mais baixos nos EUA e na União Europeia significam, também, retornos menores de aplicações nesses lugares. Isso tende a levar mais investimentos para outros destinos, como o Brasil.

Atuação do BC

O BC vendeu todos os 5.050 contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.

Em 27 operações, o BC já rolou US$ 6,818 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.

(Com Reuters)

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