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Dólar sobe, fecha a R$ 4,215 e bate novo recorde; Bolsa cai 0,25%

Nota; dinheiro; dólares; US$ 100; cem - Getty Images/iStockphoto
Nota; dinheiro; dólares; US$ 100; cem Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

25/11/2019 17h02

O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,53%, a R$ 4,215 na venda, nova máxima nominal para o fechamento do dia desde a criação do Plano Real. Na segunda-feira (18) o dólar já tinha batido o recorde nominal.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o dia com queda de 0,25%, aos 108.423,93 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Apesar da marca, de fato, ser o maior valor nominal (valor sem correção) para o dólar desde que o Real foi implantado, ele não leva em conta a inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Fazer esta correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia obter com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com as mesmas quantidades de cada moeda.

Assim, levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós Plano Real ocorreu no fim do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor atualizado é de R$ 7,577. O valor nominal na época foi de R$ 3,9522.

Preocupação com contas externas

Nesta segunda-feira o Banco Central divulgou dados mostrando déficit em conta corrente e investimento estrangeiro direto piores do que o esperado para outubro.

Poucas horas depois, o governo informou dados parciais da balança comercial de novembro, que caminha para fechar o mês no vermelho, o que não acontece desde novembro de 2014.

"As contas externas continuam saudáveis, a questão é que os números piores pegam o mercado num momento sensível e de ampla preocupação com o cenário para fluxos", disse Flávio Serrano, economista-chefe do Haitong Brazil, à agência de notícias Reuters.

A menor oferta de moeda no país em meio a contínuas saídas de capital se tornou uma preocupação ainda maior depois da frustração do mercado com o megaleilão de petróleo, no último dia 6, no qual praticamente apenas a Petrobras fez lances.

O Banco Central vendeu todos os 15.700 contratos de swap cambial tradicional em rolagem do vencimento janeiro 2020. Mais cedo, o BC não havia aceitado propostas em leilão de dólar à vista e de swap cambial reverso.

Também nesta segunda, o BC fez a rolagem integral de US$ 1,5 bilhão em linha de moeda com compromisso de recompra, volume que até então precisaria voltar ao Banco Central no começo de dezembro.

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