Com vírus na China, Bolsa tem maior queda em 10 meses; dólar sobe a R$ 4,21
Em um dia marcado por preocupação quanto ao surto de infecções por coronavírus, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 3,29%, aos 114.481,84 pontos, menor patamar desde 18 de dezembro (114.314,65).
Foi a maior queda percentual diária em dez meses, desde 27 de março de 2019, quando a Bolsa caiu 3,57%.
O dólar comercial encerrou em alta de 0,59%, a R$ 4,21 na venda. É o maior valor de fechamento desde 2 de dezembro (R$ 4,2139).
Durante o dia, a moeda americana chegou a atingir R$ 4,232 na venda. No mês, o dólar já acumula alta de quase 5% em relação ao real, o que coloca a moeda brasileira a caminho de seu pior início de ano em uma década.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor é sempre maior.
Investidores seguem temendo que a epidemia de coronavírus, que já infectou mais de 2.700 pessoas e matou mais de 80, afete a demanda dos consumidores e tenha impactos negativos sobre a atividade econômica na China, a segunda maior potência do mundo.
"As preocupações com saúde pública pesam sobre o apetite por risco e ditam perdas, enquanto os Treasuries [títulos do Tesouro dos Estados Unidos] e o dólar têm desempenho superior", disseram estrategistas do banco Morgan Stanley em nota a clientes.
Em momentos de incerteza, é comum que investidores procurem opções consideradas menos arriscadas, como os títulos dos EUA e o dólar.
Bolsas dos EUA
Os mercados de ações dos Estados Unidos tiveram o pior dia em mais de três meses:
- Dow Jones: -1,57%, para 28.534,1 pontos
- S&P 500: -1,58%, para 3.243,45 pontos
- Nasdaq: -1,89%, para 9.139,31 pontos
Bolsas da Europa caem mais de 2%
Os possíveis danos aos negócios decorrentes do coronavírus da China derrubaram as ações europeias nesta segunda-feira.
- Bolsa da Alemanha: -2,74%
- Bolsa da França: -2,68%
- Bolsa da Itália: -2,31%
- Bolsa da Inglaterra: -2,29%
- Bolsa da Espanha: -2,05%
- Bolsa de Portugal: -2,04%
O maior choque foi sentido pelos papéis de empresas de luxo, companhias aéreas e hotéis, que têm grande demanda dos consumidores chineses. As principais empresas de luxo da Europa perderam mais de US$ 50 bilhões em valor de mercado desde o início do surto na semana passada.
Bolsa da China fechada por uma semana
Nesta segunda, autoridades chinesas prorrogaram o feriado do Ano Novo Lunar e anunciaram que as Bolsas do país ficarão fechadas por uma semana, até 3 de fevereiro. Empresas chinesas mandaram funcionários trabalharem de casa, em home office, com o objetivo de evitar mais contaminações.
No Japão, o índice de ações Nikkei recuou 2,03% hoje, a maior queda diária em cinco meses.
*Com Reuters
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