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Bolsa fecha em alta de quase 10% e dólar cai a R$ 5,082, em dia de trégua

Do UOL, em São Paulo

24/03/2020 17h05

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, disparou e fechou em alta de 9,69%, aos 69.729,30 pontos, após ter atingido o menor nível desde julho de 2017 na véspera. Ainda assim, o índice acumula queda de 39,7% no ano. O dólar comercial fechou em queda de 1,1%, a R$ 5,082 na venda, após subir 2,21% na véspera.

A Bolsa de Valores e o dólar tiveram um dia de trégua nos mercados globais, com investidores analisando medidas de estímulos em larga escala por parte de governos e bancos centrais.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

BCs anunciam estímulos à economia

Investidores estavam mais otimistas após diversos bancos centrais pelo mundo, incluindo o brasileiro, anunciarem medidas de estímulo à economia em resposta à pandemia de coronavírus.

Entre as medidas, a mais importante foi a do Federal Reserve (o banco central norte-americano), que disse ontem que pela primeira vez vai apoiar compras de títulos corporativos, respaldar empréstimos diretos a empresas e ampliar suas compras de ativos por quanto tempo for necessário para estabilizar os mercados financeiros.

Embora medidas como essa não mitiguem imediatamente os impactos provocados pela pandemia, elas vão colocar mais dólares nos mercados mundiais, permitindo que empresas, fundos e bancos tenham acesso a dinheiro para pagar credores, fornecedores e investidores finais.

Governo vai ajudar estados e municípios

No Brasil, o governo divulgou no fim do dia de ontem um plano de R$ 88,2 bilhões em ajuda a estados e municípios, atendendo parte do pedido feito por governadores e prefeitos para conseguirem arcar com despesas de saúde e com os impactos econômicos do coronavírus.

Questões políticas também permanecem no radar, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmando que o combate ao novo coronavírus é o "inimigo comum" que tem com os governadores, mas destacou que o efeito colateral da pandemia no país pode ser enfrentado.

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