Dólar fecha em alta, a R$ 5,138; Bolsa cai 5,22%, ao menor nível desde 2017
O dólar comercial fechou o dia em em alta de 2,21%, a R$ 5,138 na venda, após duas quedas seguidas.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 5,22%, aos 63.569,62 pontos —menor nível desde 10 de julho de 2017.
No Brasil e no exterior, medidas sócio-econômicas foram anunciadas entre o fim de semana e esta sessão para tentar minimizar o impacto da pandemia de coronavírus. Ainda assim, elas não foram capazes de sustentar a tentativa de recuperação verificada no começo dos negócios desta segunda-feira, enquanto cresce a perspectiva de uma recessão mundial.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Intervenção do Banco Central
A alta do dólar nesta segunda-feira aconteceu mesmo após intervenção do Banco Central no mercado.
Medidas de incentivo à economia
Investidores estavam de olho nas medidas anunciadas pelo Banco Central para incentivar a economia durante a pandemia do coronavírus.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que o BC tem arsenal para fazer frente a qualquer tipo de crise, após a divulgação de medidas e ações em estudo que, juntas, implicam uma injeção de liquidez potencial de R$ 1,2 trilhão no sistema financeiro nacional.
Entre as medidas mais recentes, o Banco Central cortou alíquota do compulsório de bancos e o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou instituições financeiras a captarem com garantia especial do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Mais cedo, ata da última reunião do Copom indicou que as autoridades brasileiras não estão considerando mais cortes na taxa básica de juros no momento, após redução da Selic para 3,75% na semana passada.
No final de semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um pacote de medidas totalizando R$ 55 bilhões, com foco na preservação de empregos.
Mais empresas brasileiras anunciaram suspensão de atividades como medidas de resposta à epidemia. Klabin e Magazine Luiza reforçaram nesta segunda-feira crescente grupo de grandes companhias que estão parando grandes projetos e paralisando importantes áreas de negócios.
Recessão global
No cenário externo, o banco central dos Estados Unidos anunciou que começará a respaldar uma gama de créditos sem precedentes para famílias, pequenas empresas e grandes empregadores, em um esforço para compensar as "graves perturbações" econômicas causadas pela pandemia de coronavírus.
Todos esses movimentos acontecem num momento em que o mundo está à beira de uma recessão decorrente da pandemia de coronavírus, em meio a uma onda de cautela que já dura semanas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta segunda-feira que a pandemia do coronavírus causará uma recessão global em 2020, que poderá ser pior do que a observada durante a crise financeira mundial de 2008-2009, mas que a produção econômica mundial deve se recuperar em 2021.
Veja mais economia de um jeito fácil de entender: @uoleconomia no Instagram.
Ouça os podcasts Mídia e Marketing, sobre propaganda e criação, e UOL Líderes, com CEOs de empresas.
Mais podcasts do UOL em uol.com.br/podcasts, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.