Dólar cai no dia, mas sobe 2,85% na semana, e vai a R$ 5,236; Bolsa avança
O dólar comercial fechou em queda de 0,39%, vendido a R$ 5,236. Com isso, a moeda terminou a semana com alta acumulada de 2,85%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia com alta de 1,51%, a 78.990,29, acumulando alta de 1,68% na semana, a segunda seguida de avanço.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Investidores esperançosos com reabertura dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou na véspera planos para reabrir a economia após bloqueios para conter a disseminação da covid-19, que já matou mais de 32,6 mil norte-americanos. Ele argumentou que uma paralisação prolongada pode ser profundamente prejudicial à economia.
Investidores também repercutiram notícia publicada na véspera detalhando dados encorajadores sobre um medicamento para potencialmente tratar a doença.
PIB da China repercute
Ainda na cena externa, o PIB chinês recuou 6,8% entre janeiro e março na comparação com o ano anterior, mostraram dados oficiais hoje, contra expectativa de analistas de queda de 6,5%, na primeira contração trimestral desde 1992.
Mas o lado bom foi uma queda muito menor do que a esperada na produção industrial de março, que recuou 1,1% na comparação com o ano anterior, contra expectativa de contração de 7,3%.
Para a equipe do BTG Pactual, contudo, apesar de toda a recuperação vista nos últimos dias, a palavra de ordem continua sendo de cautela, já que em breve haverá notícias mais apuradas do lado econômico, incluindo a piora do quadro fiscal.
"Quanto à renda variável, o cenário ainda está muito incerto", afirma nota enviada pela área de gestão do banco, citando dificuldade de analistas projetarem qualquer expectativa de lucros, geração de caixa e endividamento das empresas (dentre diversas outras métricas). "O julgamento de barato ou caro do Ibovespa fica mais difícil, por falta de fundamentos."
* Com Reuters
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