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Dólar opera em alta de mais de 2%, vendido perto de R$ 5,84; Bolsa cai

Do UOL, em São Paulo

07/05/2020 09h15Atualizada em 07/05/2020 17h15

O dólar comercial subia mais de 2% hoje, rumando para novo recorde nominal, enquanto a Bolsa caía. Por volta das 15h, a moeda norte-americana ase valorizava 2,41%, vendida a R$ 5,841, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, perdia 0,68%, a 78.523,67 pontos.

Ontem, o dólar fechou em alta de 2,03%, a R$ 5,703 na venda, batendo valor recorde de fechamento, e a Bolsa caiu 0,51%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Investidores reagem ao corte da Selic

O Banco Central cortou ontem a taxa básica de juros (Selic) à mínima histórica de 3% ao ano. A redução de 0,75 ponto percentual foi mais forte do que a prevista pelo mercado e sinalizou que pode ocorrer mais um corte para estimular a economia em meio aos impactos da pandemia de coronavírus.

"O dólar opera mais fraco no exterior hoje, mas aqui é diferente, porque, com a decisão do Copom, a tendência do dólar é ficar mais estressado", disse à agência de notícias Reuters Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais.

As reduções sucessivas da Selic têm surtido efeitos consideráveis sobre a moeda brasileira. Quanto menores os juros, menos rentáveis são os investimentos locais atrelados à Selic, o que torna o Brasil menos atraente para o investidor estrangeiro quando comparado a outros países emergentes.

O BC afirmou em comunicado que uma nova redução não deve ser maior que a adotada na quarta-feira, de 0,75 ponto, indicando que a Selic não deve cair para menos de 2,25% ao ano.

Em nota, o Bradesco avaliou que o futuro da taxa "dependerá, essencialmente, da combinação de dados econômicos, preços de commodities e da resposta da taxa de câmbio ao ambiente global, doméstico e à própria queda de juros".

Ainda no radar dos mercados estava a notícia de que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos totalizaram 3,169 milhões na última semana.

* Com Reuters