Dólar encerra 5ª semana seguida em perda; Bolsa fecha dia em alta
O dólar fechou hoje em estabilidade, cotado a R$ 5,242 na venda. Assim, a moeda norte-americana registrou sua quinta semana consecutiva de perdas contra o real. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), terminou o dia também em estabilidade, com uma variação diária de 0,18%, aos 113.572,35 pontos —em comparação com a semana passada, houve alta de 1,18% e, com 2021, de 8,35%.
Ante a semana passada, o dólar apresentou queda de 1,50%. No comparado com janeiro, a moeda norte-americana teve baixa de 1,20% e, em relação a 2021, caiu em 5,98%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Economistas associaram as perdas do dólar hoje às tensões entre a Ucrânia e Rússia, que enviou mais forças militares para a fronteira ucraniana e pode lançar uma invasão a qualquer momento —inclusive durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, conforme disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, nesta sexta-feira.
As bolsas de valores em Nova York aprofundaram as perdas. Sinal de maior demanda por ativos seguros, os preços dos títulos soberanos dos Estados Unidos —considerados risco-base do mercado financeiro global— saltavam, o que derrubava rendimentos que mais cedo haviam subido. O ouro à vista —outro tradicional ativo de refúgio— saltava quase 2%, deixando para trás queda de 0,3% de mais cedo.
Ibovespa começou dia em alta
O principal índice da Bolsa brasileira subia durante as primeiras negociações nesta sexta-feira, com a alta das ações do Itaú Unibanco, após resultados acima do esperado divulgados pelo banco. Às 10:18, o Ibovespa subia 0,79%, a 114.267,64 pontos. Enquanto isso, nos Estados Unidos, os futuros de ações tinham manhã negativa.
O mercado também repercutiu números de outras empresas locais e o crescimento do índice de atividade econômica IBC-Br em dezembro, enquanto aguardava a coletiva de imprensa do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Previsão de pico de inflação no Brasil
O presidente do Banco Central afirmou hoje que o pico da inflação em 12 meses no Brasil deve ocorrer entre abril e maio, adiando novamente projeções apresentadas anteriormente. Segundo ele, o comportamento do setor agrícola e do preço de petróleo estão entre as causas da revisão da estimativa.
"A gente tinha uma percepção de que veria o pico da inflação perto de dezembro e janeiro, (mas) a gente viu uma quebra de safra, que não é pouco relevante, e a gente estava vendo o petróleo indo para US$ 60, ele voltou, indo para acima de US$ 90", disse.
Campos Neto ressaltou que a autoridade monetária usará todas as ferramentas para trazer a inflação para a meta. Segundo ele, o Brasil "saiu na frente" e está mais acelerado no ciclo de aperto monetário, na comparação com outros países.
Na última decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), quando elevou a taxa básica de juros a 10,75% ao ano, o BC passou a dizer que o horizonte relevante da política monetária agora tem foco em 2023 e, em menor grau, 2022. As projeções para a inflação deste ano estão acima do teto da meta.
(Com Reuters)
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