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Dólar passa de R$ 5,30 após bancos falirem nos EUA; Bolsa cai

Relatório do banco suíço preocupa investidores, que temem efeito cascata após falência de bancos nos EUA - Getty Images
Relatório do banco suíço preocupa investidores, que temem efeito cascata após falência de bancos nos EUA Imagem: Getty Images

Do UOL*, em São Paulo

15/03/2023 10h42Atualizada em 15/03/2023 13h57

O dólar operava em alta na manhã desta quarta-feira (15), acima dos R$ 5,30, com temores sobre a situação do Credit Suisse. Os papéis do banco suíço recuavam 30%, no menor patamar histórico, após o maior investidor da empresa dizer que não pode fornecer mais assistência financeira.

Por volta das 12h20, o dólar era cotado a R$ 5,312, alta de 1,04%.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), despencava 1,93% aos 100.941,22 pontos.

O Ibovespa atingiu o menor índice desde julho de 2022, conforme dados do TradeMap. Às 13h30, estava em queda de 1,64%, a 101.313 pontos.

Colapso de bancos gera medo de contágio

  • Investidores estão cautelosos após a falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank de Nova York na última semana.
  • Eles estão com medo que aconteça um efeito cascata.
  • "Os investidores estão operando com muita cautela e vendendo papéis em meio à crise no setor bancário dos EUA", disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, embora tenha ponderado que acredita se tratar de "um movimento agudo e não crônico".
  • Segundo Bergallo, "o mercado deve seguir com ajustes diários na expectativa dos próximos passos do Federal Reserve e do nosso Banco Central".

Relatório do Credit Suisse preocupou

  • Segundo maior banco da Suíça, o Credit passou por uma série de escândalos que minaram a confiança de investidores e clientes.
  • Ontem, a empresa publicou o relatório anual de 2022, dizendo ter identificado "fraquezas materiais" nos controles sobre relatórios financeiros, e que mais clientes ainda devem deixar o banco.
  • Seu maior investidor, o Saudi National Bank, afirmou que não poderia fornecer ao banco suíço mais assistência financeira por questões regulatórias.
  • O custo de garantir os títulos do banco contra a inadimplência disparou.
  • No quarto trimestre, mais de 110 bilhões de francos suíços deixaram a instituição, o equivalente a quase R$ 630 bilhões.

*Com Reuters