Esse conteúdo é antigo

Bolsa atinge pico desde agosto de 2021, e dólar tem menor valor em 15 meses

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em alta de 0,45%, aos 122.560,38 pontos, maior patamar desde 9 de agosto de 2021, quando atingiu 123.019,38 pontos.

O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira (26) em queda de 0,459%, cotado a R$ 4,728. É o menor valor desde 20 de abril de 2022, quando a moeda foi comercializada a R$ 4,620.

O que aconteceu:

A moeda norte-americana caiu frente ao real após decisão da Fitch de elevar a nota de crédito do Brasil. A agência classificação de risco subiu o rating do país a "BB", contra "BB-" de antes, com perspectiva estável, e atribuiu a mudança a um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado.

Investidores também digeriam a decisão do Fed (Federal Reserve) de elevar em 0,25 ponto percentual os juros nos EUA. A taxa subiu para o intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano e chegou a seu nível mais alto desde 2001. A decisão já era amplamente esperada, e o BC dos EUA deixou a porta aberta para outra alta.

O Ibovespa passou a subir durante, em meio à declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, que não descartou novas altas nos juros. O movimento acompanhou a virada também dos índices acionários em Nova York, com investidores em busca de pistas sobre os próximos passos do banco central norte-americano.

Eletrobras e Suzano foram as principais contribuições positivas para a alta do Ibovespa. Vale e Petrobras foram os destaques de baixa.

Mercado aguarda agora os dados do PIB americano para o segundo trimestre, que serão divulgados na manhã de quinta-feira (27).

Equipe do Fed não prevê mais recessão nos EUA

Fed não está mais prevendo uma recessão nos Estados Unidos. Na avaliação de Powell, há "uma chance" de a inflação voltar à meta sem altos níveis de perda de empregos.

Continua após a publicidade

Powell disse que "ainda há muito o que fazer" para ver uma aterrissagem suave. "Portanto, a equipe agora tem a previsão de uma notável desaceleração no crescimento começando no final deste ano, mas dada a resiliência da economia recentemente, eles não estão mais prevendo uma recessão", declarou.

Uma outra elevação dos juros em setembro não está descartada. "É certamente possível que elevemos a taxa de juros na reunião de setembro se os dados justificarem, e eu também diria que é possível que decidamos nos manter estáveis nessa reunião", afirmou o presidente do Fed.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

(Com Reuters)

Deixe seu comentário

Só para assinantes