Mercado de bikes é tendência, mas alta de público não garante sucesso
O mercado de bicicletas faz parte de uma tendência que pode abrir oportunidades de negócios. Cerca de 300 mil bicicletas circulam diariamente pela cidade de São Paulo, segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
O que antes ficava restrito ao uso para lazer ou aos finais de semana, começa a fazer parte da rotina dos moradores da capital. “A expansão da rede de ciclovias é importante para estimular o uso das bicicletas nas cidades e isso, consequentemente, alavanca a abertura de novos negócios tanto de venda destes veículos, como de equipamentos, peças, serviços e acessórios”, declarou a Abraciclo em nota.
“Cada vez mais pessoas buscam um estilo de vida mais saudável. Temas como sustentabilidade e mobilidade urbana estão na agenda e, com isso, o mercado para empresas que vendem ou trabalham com bicicletas cresce”, diz Marcelo Sinelli, consultor do Sebrae-SP.
Mercado precisa ser estudado com cautela
No entanto, Sinelli avalia que é preciso olhar o mercado com cautela. “Não vejo a bicicleta como um transporte de massa no dia a dia de uma cidade como São Paulo, onde a topografia e as distâncias não colaboram. É um veículo para curtas distâncias. Tem mercado, mas não podemos criar expectativas acima do que a realidade pode oferecer.”
Além disso, segundo ele, parte do público está aderindo ao hábito de pedalar fazendo uso de bicicletas cedidas gratuitamente, o que não gera movimento nas bicicletarias.
"O dono do negócio tem que pensar: ‘o que vai levar o cara a pagar pela bike se ele pode pegar uma gratuitamente na rua’?", diz. Por isso, o consultor recomenda ter diferenciais. "Ele tem que criar uma comunidade de ciclistas, promover passeios, oferecer vantagens", declara.
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