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Aprenda 5 lições em livro sobre bilionários donos de Ambev e Burger King

Os bilionários Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles (da esq. para a dir.)  - Editora Sextante/Divulgação
Os bilionários Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles (da esq. para a dir.) Imagem: Editora Sextante/Divulgação

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo

14/05/2015 06h00

Promover um funcionário por mérito e não pelo parentesco, reduzir o número de chefes para tornar as decisões mais ágeis e ter visão de longo prazo são algumas das lições de negócios que a jornalista Cristiane Correa, autora do livro “Sonho Grande” (ed. Sextante), extraiu da trajetória dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

A obra conta a vida empresarial do trio de sócios. Juntos, eles somam uma fortuna de R$ 97,73 bilhões, segundo ranking da revista “Forbes Brasil”. Os empresários comandam a maior cervejaria do mundo, a AB Inbev, e têm participações em empresas como a rede de fast-food Burger King e a marca de molhos Heinz.

Para escrever o livro, a autora diz ter entrevistado quase cem pessoas, entre funcionários, ex-funcionários, concorrentes, fornecedores e outros empresários, como o megainvestidor norte-americano Warren Buffett.

“A cultura dos negócios dos três se provou financeiramente vencedora. É um modelo de gestão diferenciado e serve de exemplo para outras empresas de qualquer porte”, diz a escritora. A seguir, a autora lista cinco lições de negócios que aprendeu ao investigar a trajetória do trio de bilionários brasileiros.

1. Promova funcionários por mérito
Promova funcionários por mérito - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Um dos símbolos da gestão das empresas de Lemann, Telles e Sicupira é a meritocracia. Segundo a jornalista, os funcionários são escolhidos por seus currículos e promovidos pelo desempenho, diferentemente de muitas companhias que favorecem o profissional mais velho, mais próximo do chefe ou parente do dono.

“Nas empresas deles, os herdeiros são proibidos de assumir cargos executivos. No máximo, participam do processo de trainee ou compõem o conselho de administração. Não existe paternalismo”, afirma

2. Tenha menos chefes para acelerar decisões
Tenha menos chefes para acelerar decisões - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Apesar de comandarem empresas gigantes, os sócios tentam preservar algumas características de pequenas empresas, de acordo com a autora. Uma delas é o número reduzido de níveis hierárquicos. Com menos chefes, o processo de tomada de decisão é mais rápido e evita-se que uma ideia tenha de ser aprovada por várias pessoas até ser colocada em prática.

3. Combata os desperdícios
Combata os desperdícios - Thinkstock - Thinkstock
Imagem: Thinkstock

Outra característica do trio de bilionários, segundo a autora, é o combate ao desperdício. Ela diz que os sócios acompanham de perto o caixa das empresas e reveem custos constantemente na tentativa de economizar, ainda que pouco. “Às vezes, a grande empresa não se atenta a pequenos desperdícios, mas eles ficam de olho até no consumo de papel da impressora.”

4. Faça planos de longo prazo
Faça planos de longo prazo - Thinkstock - Thinkstock
Imagem: Thinkstock

Lemann, Telles e Sicupira não viraram bilionários da noite para o dia. Para acumular o patrimônio que têm, eles planejaram cada passo e estudaram as consequências das decisões no longo prazo, segundo a escritora.

“Da compra da Brahma à Anheuser-Busch [fabricante da Budweiser] foram 20 anos. Os negócios deles foram crescendo aos poucos, sempre visualizando oportunidades no longo prazo”, declara.

5. Busque sócios com perfis complementares
Busque sócios com perfis complementares - Shutterstcok - Shutterstcok
Imagem: Shutterstcok

A sociedade dos três já dura 40 anos. De acordo com a autora, o sucesso da parceria está no fato de eles possuírem perfis complementares. “O Marcel é o homem que executa e faz as coisas funcionarem. O Beto é o ‘cara’ que abre novos mercados e o Lemann é o ‘maestro’, é quem implantou todo o modelo de gestão baseado na meritocracia”, afirma.