Doméstica por 10 anos vira dona de restaurante em SP com ajuda do ex-patrão
Ranael Ribeiro Nascimento, 41, mais conhecida como Teka, trabalhou por 10 anos como doméstica em uma casa de família, em São Paulo, até que os patrões decidiram se mudar para o exterior. Para não deixá-la desamparada em meio à crise econômica, o ex-patrão, o advogado Rodrigo Bueno, se juntou a dois amigos, e os três investiram cerca de R$ 60 mil em um restaurante para ela comandar.
O Pitada Caseira foi inaugurado em julho de 2015 e serve comida caseira em pratos feitos, que custam R$ 10, e em bufê estilo coma à vontade, por R$ 14,99. Há ainda a opção do "PF negociado", em que o freguês pode incluir as opções do bufê por R$ 12, além de bebidas e sobremesas.
O estabelecimento fica no Jardim Ana Maria, na região do Campo Limpo, zona sul da capital paulista.
Eu que cuidei de tudo: da escolha do ponto, em um lugar perto de casa, à compra de equipamentos. Também defini o modelo de negócio e o cardápio.
Vai pagar o investimento em prestações
Teka cuida da cozinha, junto com outros dois funcionários, e da administração do estabelecimento. Segundo ela, são servidos cerca de 55 pratos por dia no almoço.
Em 10 meses, o negócio já atingiu o ponto de equilíbrio, ou seja, o faturamento é suficiente para cobrir as despesas, mas ainda não dá lucro.
A previsão é começar a lucrar até o fim do ano. Quando isso acontecer, Teka diz que começará a pagar os sócios, em prestações, para devolver o valor que foi investido --eles não definiram um prazo.
Para ampliar o faturamento, ela passou a fazer entregas e a alugar o espaço para eventos à noite. Ações como essas são recomendadas em uma cartilha do Sebrae para ajudar os bares e restaurantes a enfrentar a crise.
Por enquanto, o valor que Teka tira por mês está abaixo do que ela ganhava como doméstica, mas ela diz que acredita que o rendimento vai aumentar na medida em que o restaurante se estabilizar.
Meu sonho é crescer bastante. Quero ter mais dois restaurantes.
Não basta saber cozinhar; tem que ter gestão
Para ser dono de um negócio desse tipo não basta saber cozinhar, diz Germana Magalhães, analista do Sebrae especializada em alimentação fora do lar.
"Hoje, com o momento econômico desfavorável, o empreendedor não pode errar. Tem que pensar no cardápio, no atendimento, na gestão, em negociar preço com fornecedor, em evitar desperdícios."
Ela diz que as empresas que já estão no mercado precisam ficar atentas e se adaptar rapidamente para resistir à crise. Muitos empreendedores entram nesse segmento, para driblar o desemprego ou ganhar uma renda extra, mas também muitos negócios não dão certo. "Negócios abrem e fecham com a mesma velocidade", diz.
Onde encontrar:
Pitada Caseira: rua Guilherme Mainard, 51, Jardim Ana Maria, São Paulo
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