Gosta de alho? Casal do DF cria pasta para passar no pão e vende 50 mil/mês
A ideia de negócio nasceu da insistência da clientela, afirmam Samar, 34, e Nijed Semann, 50. Eles são donos do restaurante libanês Salim Sou Eu, no Lago Sul, em Brasília (DF), desde 2009. O casal conta que os clientes costumavam elogiar muito a pasta de alho, para comer com pão ou torrada, e pediam para levar um pouco para casa. Eles decidiram, então, criar uma start-up para vender o produto.
Assim nasceu a Oh My Garlic!. O nome, em inglês, faz alusão à expressão "Oh My God". O produto não tem glúten nem lactose, o que aumenta sua versatilidade, segundo o casal. A receita é de família e mantida em segredo. No momento, estão em processo de obter a patente.
O novo projeto saiu do papel em fevereiro de 2017, após cursos no Sebrae em Brasília e um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A fábrica foi construída ao lado do restaurante, com uma equipe específica para a fabricação da pasta. O casal prefere não divulgar investimento, faturamento mensal nem lucro.
Por enquanto, o produto pode ser encontrado apenas no Distrito Federal, em cerca de 300 pontos de venda --não é vendido pela internet. Cada pote com 200 gramas tem o preço sugerido de R$ 8,99. Por mês, são cerca de 50 mil unidades comercializadas, segundo os empresários.
Expandir para outros mercados
Em agosto, os donos da marca pretendem começar a vender para fora de Brasília, explorando inicialmente a região Centro-Oeste e, até o fim do ano, também a região Sudeste.
A escolha, segundo os empresários, se deu pela oportunidade de mercado e também pelas dificuldades para contratar uma rede para distribuir o produto para outros Estados.
"Nosso projeto é ainda maior. Queremos expandi-lo por todo o país, se a crise deixar, e ela vai deixar. Muitos diziam que o momento não era propício, mas a gente preferiu entrar de cabeça, buscar recursos e investir em tecnologia", diz Samar. "É um produto genuinamente brasileiro, especificamente brasiliense."
Produto desconhecido pode não ser aceito
Abrir um novo negócio traz riscos iminentes, afirma Mayra Monteiro Viana, coordenadora nacional de Bebidas e Alimentos do Sebrae-DF (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal). No caso da Oh My Garlic!, a visão é de que o posicionamento da marca poderia gerar complicações.
"É um produto que as pessoas não conhecem muito bem, veem e não sabem o que é. Fazer o consumidor conhecer e colocar no mercado um produto diferente é a maior dificuldade", diz ela.
Para driblar essa dificuldade, o casal apostou no marketing e na degustação nos pontos de venda. Para ter maior aceitação, o produto costuma ser colocado ao lado de requeijões e manteigas nas prateleiras.
"A alimentação tem uma influência cultural muito grande. Ao contrário de produtos como o iPhone e o perfume Chanel nº 5, que é o mesmo em qualquer lugar, uma comida precisa ser adaptada de um local para o outro", diz Bento Costa Filho, coordenador do MBA Gestão em Marketing da Faculdade de Economia e Finanças Ibmec/DF.
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