Empresas faturam com "futemesa", nova moda entre boleiros
O futemesa, que virou febre entre boleiros e praticantes de esportes em geral, já faz com que as empresas dedicadas a produzir equipamentos para o negócio faturem milhões por ano.
O novo esporte, que possui diversos adeptos famosos, entre jogadores de futebol, clubes esportivos e celebridades nas redes sociais, é uma mistura de futebol, tênis de mesa e vôlei. Ele pode ser jogado um contra um ou em duplas. Após três toques na bola, é necessário colocá-la na metade oposta da mesa.
Mesa custa de R$ 1.000 a R$ 15 mil
Duas empresas brasileiras já faturam alto fabricando as mesas para a prática e tentam, cada uma por si, criar as regras e até mesmo o nome do novo esporte. Cada mesa da prática pode variar de R$ 1.000 até R$ 15 mil.
Uma das produtoras, a Futmesa Brasil, iniciou as atividades no começo de 2017, após uma tentativa frustrada de importar mesas para o esporte. Hoje a empresa já conta com 12 trabalhadores e fatura cerca de R$ 1 milhão por ano.
"Descobrimos a oportunidade de negócio pelas redes. Eu e meu sócio começamos a produzir, de forma terceirizada, e agora temos a nossa fábrica e muito pouca coisa terceirizada", disse Flávio Deleo, um dos fundadores.
Segundo ele, a marca tem dois tipos de mesa: a amadora e a profissional. A primeira sai por R$ 5.990, enquanto a profissional, mais direcionada para clubes de futebol e jogadores profissionais, sai por R$ 14.990.
A empresa espera crescer de 30% a 40% por ano nos próximos cinco anos.
Plástico de painel de carro
A empresa Cuvier Sports produz a Mesabol -uma mesa um pouco menor e mais barata. Cada unidade sai por R$ 1.000.
"Passamos um fim de ano em Barra Grande [Bahia], vimos um pessoal local jogando e perguntamos o nome. Entramos na internet para comprar, mas não existia ninguém vendendo", afirmou Eduardo Bassani, um dos fundadores da companhia.
A empresa já vendeu mais de 500 unidades, que podem ser guardadas como uma maleta e utilizam o mesmo plástico de painéis de carro. O material auxilia no jogo porque é mais áspero e tem durabilidade maior, segundo a empresa.
A Cuvier já conta com cinco funcionários e pretende crescer cerca de 200% ao ano, focando principalmente em vendas no exterior. "Estimamos que, em 2019, atinjamos 1.500 mesas vendidas. Além disso, queremos comercializar cerca de cem unidades a mais por ano só para o exterior", afirmou Bassani.
Uso de jogadores para vender
As duas principais fabricantes das mesas no Brasil utilizam estratégias semelhantes. Ambas criaram as próprias ligas, com nomes registrados, e regras, como forma de alavancar as vendas. O nome futmesa, no entanto, não pode ser utilizado pois já se refere ao popularmente conhecido futebol de botão.
Além disso, os empresários também contam com a adoração de jogadores de futebol (e suas redes sociais) como forma de alavancar as vendas.
A Futmesa Brasil tem equipamentos nos centros de treinamento de Corinthians e Internacional, por exemplo, enquanto a Mesabol já contou com exibições de ex-atletas, como Zé Roberto, ex-Palmeiras, e até Gabriel Medina, bicampeão mundial de surf.
Boa ideia?
A prática pode incrementar lucros de quem já trabalha com o público do futebol e vôlei, de acordo com o consultor de negócios do Sebrae-SP Adilson Dorta Mariano.
"Para fazer um negócio a partir do futemesa como única atração, é necessário ter muita criatividade. Acho que o futemesa é complementar e pode enriquecer algum negócio já voltado para isso", disse.
Sobre o custo de fabricação de mesas e acessórios, é necessário atenção, pois, de acordo com Mariano, a estrutura necessária pode ser o ponto negativo.
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