Ele carregou mala e hoje tem empresa de energia solar que fatura R$ 162 mi
Raphael Brito começou a trabalhar cedo, aos 11 anos, para ajudar a mãe, viúva, nas despesas da casa, em Passos (MG). Entre trabalhos informais e formais, ele lavou carros, foi chapeiro em lanchonete, office boy e carregador de malas em um hotel, até conhecer o mercado de energia solar. Em 2015, em parceria com um amigo, criou a Solarprime. Hoje, a rede tem 370 franquias e fatura R$ 162 milhões.
"Aos 20 anos, trabalhei por pouco tempo numa empresa vendendo kits de painéis solares. Não deu certo, mas vislumbrei ali um nicho de mercado", disse. Ele começou, então, a procurar clientes por conta própria, até que o amigo Agnaldo Marques, dono de uma loja de construção na cidade, quis ser seu sócio. Brito viu ali uma oportunidade de vender e ficava numa mesinha na porta da loja para prospectar clientes para o negócio de energia solar - assim começou a Solarprime. O investimento inicial para o negócio foi de cerca de R$ 5.000.
Para chamar a atenção, ele montou uma bomba de água movida a energia solar. O início foi difícil. A primeira venda —um projeto de R$ 30 mil— só ocorreu seis meses depois.
Era um mercado extremamente novo, ninguém conhecia o produto, que tem um valor agregado alto [R$ 15 mil era o mais barato na época]. Além disso, não havia linhas de crédito disponíveis para este tipo de projeto.
Raphael Brito, dono da Solarprime
Kit de energia solar custa a partir de R$ 10 mil
A Solarprime vende kits compostos de painéis solares, inversores, que servem para converter a energia a ser utilizada nas tomadas da casa, e acessórios para a instalação de energia solar em casas, empresas, lojas, indústrias e propriedades rurais.
Os valores dependem do tamanho do projeto, mas o kit residencial custa a partir de R$ 10 mil. A instalação está inclusa nos preços.
A Solarprime, com sede em Campinas (SP), tem hoje três sócios: Brito, Marques e Sandro Cubas. A empresa entrou para o franchising em 2016 e hoje tem 370 franquias.
No ano passado, o faturamento foi R$ 162 milhões. O lucro não foi revelado. Segundo Brito, a meta da Solarprime é chegar a 550 franquias até o final do ano e aumentar o faturamento para R$ 360 milhões.
A empresa tem três modelos de negócio —home office, business partner (um quiosque dentro de alguma outra loja) e loja. O investimento inicial varia de R$ 27 mil a R$ 107 mil.
Desafio é baratear o produto
Eduardo Galvão, analista de negócios do Sebrae-SP, destaca duas características do comportamento empreendedor em Raphael Brito que o levaram ao sucesso no negócio: persistência e busca por oportunidades.
"Ele foi persistente e, quando enxergou uma oportunidade de negócio, teve motivação para investir na ideia. Foi proativo e atento às mudanças do mercado", afirmou Galvão.
O analista diz, no entanto, que o maior entrave em negócio de energia solar é o valor do produto.
"A energia solar atinge ainda uma pequena parcela da população. Para a maioria das pessoas, o investimento inicial em energia solar é alto, apesar de o custo-benefício ao longo prazo ser uma vantagem", disse.
Para ele, o desafio do negócio é buscar inovações tecnológicas, a fim de baratear o produto para o consumidor final. "Como é um mercado em expansão, outra dica é ficar de olho na concorrência e se preparar para uma competitividade maior e estar pronto para uma demanda crescente de novos consumidores nos próximos anos", disse.
Onde encontrar:
Solarprime: https://solarprime.com.br
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