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Vibradores e sugadores fazem loja de lingerie faturar 900% a mais em 2 anos

Bárbara Bastos, da Désir Atelier, diz que vibradores e sugadores representam 90% das vendas - Divulgação
Bárbara Bastos, da Désir Atelier, diz que vibradores e sugadores representam 90% das vendas Imagem: Divulgação

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/01/2023 04h00

Tanise Figueiredo, 60, e a filha Bárbara Bastos, 29, abriram em 2015, no Rio, a Désir Atelier, uma marca de lingeries. Em 2018, em uma viagem para São Paulo, trouxeram produtos eróticos, especialmente vibradores, para vender na loja. Após dois anos, o faturamento havia saltado de R$ 10 mil para R$ 100 mil por mês.

Sobre a Désir Atelier

  • Em 2021, o faturamento foi de R$ 1,2 milhão.
  • A loja continua vendendo lingeries, mas os "sex toys" representam 90% das vendas.
  • Hoje a loja, na Barra da Tijuca (Rio), vende cerca de 430 vibradores por mês.
  • Segundo Bárbara, a maior parte das vendas é para novos clientes.
  • Para manter o interesse dos clientes, a loja oferece dezenas de modelos de brinquedos eróticos.

Quando compramos os primeiros produtos em 2018, não sabíamos se o nosso público iria aceitar. Durante a pandemia, o interesse por sex toys cresceu.
Bárbara Bastos

5 produtos mais vendidos:

Lingeries artesanais

Bárbara Bastos e Tanise Figueiredo - Divulgação - Divulgação
Bárbara Bastos (à esq.) e a mãe, Tanise Figueiredo, são sócias na Désir Atelier, que vende lingeries e sex toys
Imagem: Divulgação
  • No início da Désir Atelier, em 2015, era Tanise quem desenhava as peças de lingerie (camisola, macaquinho e baby doll). Fazia tudo manualmente, de forma artesanal, diz a filha. Tanise é formada em design de moda.
  • As vendas eram feitas via e-commerce e em feiras do setor. O investimento inicial foi de R$ 25 mil.
  • Em 2018, as duas abriram a loja na Barra da Tijuca e viajavam com frequência a São Paulo para comprar tecidos para a produção de lingeries.
  • "Foi em uma dessas viagens que pensamos em agregar algum produto na Desir. E foi minha mãe que trouxe a ideia de sex shop", declara Bárbara.
  • As duas foram a uma feira erótica, em São Paulo, onde compraram os primeiros vibradores e gel cosméticos. Hoje, os sex toys representam 80% das vendas.
  • As lingeries vendidas pela Désir Atelier não são mais produzidas artesanalmente; são revendas de outras marcas.

Negócio aproveitou uma tendência de mercado

Para Juliana Segallio, consultora de negócios do Sebrae-SP, as vendas de brinquedos eróticos podem ter crescido na Désir Atelier devido a um conjunto de fatores: bom relacionamento da empresa com os clientes, mercado do sex shop aquecido e fortalecimento do canal do e-commerce na pandemia. "Eles tiveram uma visão de oportunidade muito bem aproveitada", declara.

Ela diz, no entanto, que toda inovação deve passar pelo levantamento de custos, análise de riscos e teste para a aceitação da clientela. "É preciso ter pé no chão sempre", afirma.

"Toda empresa deve fazer ações para testar a aceitação dos seus produtos e qualquer outra novidade junto à sua clientela. Também não deve esquecer de capturar novos consumidores", afirma.

Onde encontrar:

Désir Atelier - https://www.desiratelier.com.br/