Conheça um jeito de fazer sua previdência privada render mais
Seu plano de previdência privada está rendendo pouco? Está pensando em sacar tudo e investir em outra aplicação?
Resgatar o plano pode não ser uma boa ideia porque você corre o risco de perder mais dinheiro com a cobrança de Imposto de Renda (IR).
Talvez seja melhor optar pela portabilidade, transferindo os recursos para um plano melhor sem perder as vantagens da previdência privada.
Por que meu plano está rendendo pouco?
Um mesmo plano pode oferecer vários tipos de fundo de investimento, dos mais conservadores, que investem apenas em títulos públicos, até os fundos de ações, mais arriscados.
Se a rentabilidade está baixa, provavelmente o problema não é má gestão, mas sim taxa de administração elevada, disse Marcia Dessen, diretora da Planejar.
Segundo ela, a taxa de administração não deve passar de 0,7% ao mês em um fundo de renda fixa conservador para previdência.
É melhor resgatar o plano?
Depende. Você pode perder dinheiro se resgatar o plano para colocar os recursos em outra aplicação que não seja uma previdência privada.
O tamanho da perda depende do tipo de plano (PGBL ou VGBL) e do regime tributário escolhido (progressivo ou regressivo).
Quem possui um PGBL com tabela regressiva, por exemplo, fará um péssimo negócio se sacar nos primeiros anos do plano, quando a alíquota de IR chega a 35% sobre todo o montante investido.
No VGBL, o IR é cobrado apenas sobre os rendimentos. Ainda assim, se a tributação for regressiva, o resgate só vale a pena se o plano tiver mais de oito anos de investimento, quando a alíquota cai para 15%, se equiparando à dos investimentos tradicionais.
Se a ideia for realmente sacar o dinheiro, é melhor esperar o plano completar dez anos para atingir a alíquota mais vantajosa, de 10% de IR.
Então, não devo fazer nada?
Claro que deve. Você não precisa ficar em um fundo ruim, esperando a alíquota de IR se tornar vantajosa para o resgate.
Pesquise um plano de previdência privada melhor, no seu banco ou na concorrência, e faça a portabilidade para não perder dinheiro.
"O primeiro passo é ir ao banco ou seguradora onde comprou o plano, reclamar e ver se te oferecem um fundo melhor. Antes de aceitar a proposta, pesquise [planos] na concorrência. Olhe não só o rendimento, mas quais são os custos", disse Dessen.
Além da taxa de administração, veja se o plano cobra taxas de carregamento na entrada (quando você contrata o plano) e na saída (quando resolve resgatá-lo).
"Uma taxa de carregamento de 3% na entrada significa que, de cada R$ 1.000 investidos, somente R$ 970 irão gerar rendimento para sua previdência. O resto vai ficar com o banco. Ao longo de dez ou 20 anos, isso faz uma diferença enorme", afirmou a planejadora financeira.
Como funciona a portabilidade?
Há dois tipos:
- Interna: entre fundos de previdência de uma mesma instituição financeira
- Externa: transfere o plano para outra instituição financeira
Para fazer uma portabilidade interna, basta entrar em contato com a sua instituição financeira e escolher se quer transferir para o novo fundo todos os recursos ou apenas uma parte deles.
Para a portabilidade externa, não peça o resgate dos recursos na seguradora atual. Procure o novo banco e solicite a operação. É ele que cuidará da transferência para que você não perca as vantagens da previdência e não tenha que pagar imposto. Normalmente, o processo todo leva alguns dias.
Tipo de plano deve ser o mesmo
Na portabilidade, só é possível migrar os recursos de um PGBL para outro PGBL e de um VGBL para outro VGBL.
Se seu plano tiver tabela tributária regressiva, o novo plano também deve ter. Se o plano atual tiver tabela progressiva, o novo poderá mantê-la ou trocá-la pela regressiva.
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