Não ter informações confiáveis sobre investimentos pode pôr tudo a perder

Hoje em dia há milhares de fontes disponíveis, influenciadores e canais que falam sobre investimentos e dão dicas sobre onde alocar o seu dinheiro.

Muitas dessas fontes são boas, mas é preciso sempre checar as informações que você recebe e se não existe nenhum outro interesse associado àquela indicação de investimento ou desinvestimento.

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Veja abaixo alguns aprendizados para não acabar refém de um efeito manada e colocar tudo a perder.

Um primeiro aprendizado é ir atrás das fontes primárias de informação. No caso de fundos de investimento e fundos de investimento imobiliário (FIIs) são as lâminas e cartas divulgadas mensalmente pelas gestoras.

Lá os gestores são obrigados a dar informações relevantes e verídicas sobre o que está acontecendo dentro do fundo. Se estamos falando de um FII, isso quer dizer explicar se um determinado imóvel está com problema de vacância ou se o devedor de um CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) não está pagando suas obrigações em dia.

No caso de um título de dívida, você pode encontrar informações relevantes no prospecto da oferta. E no caso das empresas abertas, listadas em Bolsa de Valores — como a B3 —, o investidor encontra informações relevantes nos balanços trimestrais auditados.

Em todos esses casos, os documentos que citei são regulados por órgãos responsáveis por organizar o mercado de capitais ou auditados por uma consultoria externa.

Vale lembrar ainda que fundos de investimentos e empresas listadas têm departamentos responsáveis pela relação com os investidores. Ou seja: se mesmo depois de analisar os documentos restar alguma dúvida, é possível acessar esses canais.

Na teoria, a maioria dos investidores sabe que é preciso focar no longo prazo e que não é sensato se desfazer de um papel ou posição na hora da baixa.

Na prática, muita gente se desespera quando vê o preço de um ativo caindo e acaba vendendo uma ação bem no pior momento. Com isso, acaba embolsando prejuízos, ainda que os fundamentos estejam favoráveis e indiquem um potencial de retomada no longo prazo.

O investidor individual tende a ser menos íntimo do mercado do que os grandes alocadores profissionais. Com isso, as pessoas físicas podem ser mais movidas por emoções ou impulsos.

Daí a importância de buscar as informações confiáveis e tomar decisões bem pensadas e calculadas. Às vezes, isso significa ter sangue frio e se preparar para um momento de maior volatilidade.

Gosto de lembrar ainda que, no caso das ações e dos FIIs, mesmo que a cotação de um papel esteja sofrendo na Bolsa, a empresa ou fundo podem continuar pagando bons dividendos regularmente.

Se sua carteira está balanceada e adequada ao seu perfil de investidor, as oscilações de curto prazo não devem ser preponderantes na tomada de decisão. Procure sempre seu agente ou o responsável pela gestão de seu patrimônio e tire suas dúvidas.