Previdência privada rende pouco? É só para aposentadoria? Vale investir?

Nos últimos anos, o assunto da previdência privada se tornou cada vez mais comum na vida dos brasileiros. Isso ocorreu não apenas por uma ampliação da educação financeira, mas principalmente por reformas políticas e diversos cenários econômicos distintos vividos em pouquíssimo tempo.

Nos últimos anos, as regras de investimentos em previdência privada mudaram radicalmente, sendo que entre 2015 e 2017 ocorreram as primeiras mudanças significativas na nova previdência privada. Por exemplo, o limite em renda variável aumentou e foram permitidas a compra de ativos indexados à variação cambial.

A sofisticação mais importante, porém, só veio em 2020, com a expansão da parcela investida em ativos no exterior, podendo chegar até a 40% para os investidores qualificados, e a flexibilização dos instrumentos de derivativos, que permite ao gestor usar esse mecanismo tanto para proteger a carteira dos ativos do fundo quanto para posições direcionais.

Por que investir na previdência privada? Rende pouco?

A previdência privada é um investimento com o caráter de longo prazo, ou seja, quanto mais tempo você deixar seu dinheiro aplicado, maior a probabilidade de um desempenho melhor. Ela também é importante como um completo à previdência pública, mas não se limita apenas a um investimento para a aposentadoria.

Aplicações em previdência privada podem ser usadas de diversas formas, desde o modelo tradicional de ser o investimento para a aposentadoria, como um seguro importante dentro de um planejamento sucessório.

Porém mesmo com tantos benefícios e sendo um instrumento muito diverso, a previdência privada possui uma má fama de um investimento ineficiente. Esse fato é verdade em partes, isso pois na maioria das vezes esse tipo de aplicação é oferecido por grandes bancos. Às vezes, esses produtos não são tão bons para os clientes, mas sim são oferecidos por trazerem rentabilidade para o próprio banco.

São fundos de previdência que rendem menos que o CDI, com altas taxas de administração e diversos outros custos ocultos. O investidor precisa entender bem que tipo de plano de previdência é mais adequado para ele e quais são as taxas e outros custos envolvidos.

Vale a pena?

As mudanças da legislação sobre previdência privada possibilitaram o início de uma grande mudança. As diversas alterações flexibilizaram a composição dos fundos previdenciários e trouxeram muitas gestoras independentes a criarem os seus próprios produtos, com taxas muito menores e rentabilidades adequadas para um produto como este. Ao disponibilizar isto em plataformas de corretoras de valores, foi criada uma alternativa verdadeiramente interessante e que deve ser considerada na carteira de investimentos de todo brasileiro.