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ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Veja quanto é preciso juntar para viver de renda

09/04/2021 04h00Atualizada em 09/04/2021 13h11

Olá, tudo bem?

Meu nome é Sílvio Crespo e esta coluna no UOL Economia+ é para todo mundo que está insatisfeito com os investimentos tradicionais de renda fixa, mas ao mesmo tempo hesita para entrar em certas aplicações mais rentáveis.

Aqui você terá, toda sexta-feira, dados concretos que mostram até quanto se pode ganhar ou perder em diversas modalidades, para que você possa escolher, com segurança, o que for melhor para o seu caso.

Neste texto de estreia da coluna, você vai saber quanto precisaria ter em Tesouro Direto, fundos de investimento imobiliário (FII) e ações para viver de renda, de acordo com dados levantados para nós pela analista Gabriela Mosmann, da Suno Research.

Quanto dinheiro você precisaria investir para ter uma renda mensal de R$ 1.000?

Para receber esse valor em média por mês em Tesouro Direto, seria necessário ter hoje mais de R$ 300 mil no título Tesouro IPCA+ 2055, por exemplo.

Já se o investimento for em FIIs ou ações, tem de tudo. Em um bom FII, com metade desse valor você já consegue R$ 1.000 mensais. Se for um FII com baixo retorno, no entanto, nem com R$ 400 mil se chega a esse rendimento mensal.

Veja abaixo cinco simulações para saber quais desses investimentos estariam mais acessíveis para você. No vídeo, eu converso com a Gabriela sobre os cuidados a se tomar na hora de escolher esses investimentos e as estratégias possíveis para você chegar lá.

QUANTO JUNTAR PARA VIVER DE RENDA

Baixo risco

Tesouro IPCA+ 2055 com juros semestrais:

R$ 305.576 para uma renda média de R$ 1.000 por mês, aproximadamente.

Esse tipo de título paga juros semestralmente. Com esse valor investido, ao longo de um ano você receberia R$ 12 mil limpos para gastar, ou seja, já descontada a inflação e o Imposto de Renda. Esse cálculo considera a taxa de juros atual.

Médio/alto risco

Fundo imobiliário VGIP11:

R$ 116.504 para uma renda média de R$ 1.000 por mês, aproximadamente. É recomendado pela Suno Research, empresa que realizou o levantamento para o UOL.

Fundo imobiliário FLMA1:

R$ 402.684 para uma renda média de R$ 1.000 por mês, aproximadamente. Não é recomendado pela Suno. Este fundo está aqui apenas para você saber que um FII pode às vezes pagar proventos mensais muito inferiores aos do Tesouro Direto, mesmo sendo um tipo de investimento mais arriscado.

Ações do Banco do Brasil BBAS3:

R$ 146.341 para uma renda de R$ 12 mil por ano, aproximadamente. Faz parte da carteira recomendada da Suno. No vídeo acima, a Gabriela explica por que o BB está atualmente com um bom DY ("dividend yield", o retorno de uma ação em dividendos e juros sobre capital próprio).

Ações da Ambev ABEV3:

R$ 372.670 para uma renda média de R$ 1.000 por mês, aproximadamente. Também não é recomendada pela Suno e está aqui para mostrar que mesmo ações de empresas gigantes às vezes pagam proventos muito inferiores a um rendimento de títulos de renda fixa.

FICOU DESANIMADO?

Ao saber que você precisaria de mais de R$ 100 mil para receber R$ 1.000 por mês, é possível que você tenha desanimado. Mas vale a pena saber também que existem estratégias para chegar lá.

Uma delas é investir em papéis que atualmente pagam poucos dividendos, mas que tendem a pagar mais no futuro. Por exemplo, hoje, para receber em média R$ 1.000 por mês, é preciso ter 5.000 ações do Banco do Brasil. Isso exigiria um investimento de R$ 146 mil, conforme citado acima.

Mas e quem investiu no BB há 20 anos? Essa pessoa hipotética teria pago cerca de R$ 15 mil, na época, para ter a mesma quantidade de ações. Atualizando pela inflação, seriam R$ 50 mil hoje. Ou seja, esse investidor estaria ganhando hoje R$ 1.000 por mês tendo investido apenas o equivalente a R$ 50 mil. E olha que aqui nem estamos considerando que ele reinvestiu esses dividendos recebidos ao longo desses 20 anos.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.