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Dá para se aposentar ganhando R$ 10 mil só com renda fixa? Descubra

08/07/2022 04h00

Você está juntando um dinheiro com o objetivo de complementar a aposentadoria ou viver de renda. Será que investindo apenas em aplicações de baixo risco você atingirá o seu objetivo?

Na coluna de hoje eu mostro quanto dinheiro você precisaria ter para receber um rendimento médio de R$ 3.000, R$ 5.000 ou R$ 10 mil por mês, praticamente sem correr riscos.

Os cálculos consideram que você aplicaria no ativo mais rentável do país, entre os extremamente seguros. Portanto, estou falando da melhor rentabilidade que você vai encontrar no mercado se não quiser correr riscos.

Quanto investir

Indo direto ao ponto, se você quer o menor risco possível, precisaria investir, no mínimo:

  • R$ 850 mil para ter uma renda de R$ 3.000 por mês;
  • R$ 1,4 milhão para ter uma renda de R$ 5.000 por mês;
  • R$ 2,8 milhões para ter uma renda de R$ 10 mil por mês.

Todos os cálculos já descontam o imposto de renda e a inflação. A inflação usada para o cálculo é de 7%, segundo o último boletim Focus, do Banco Central.

Ou seja, investindo R$ 850 mil, você terá um rendimento médio maior do que R$ 3.000 por mês. Mas, se gastar mais do que este valor, uma parte do patrimônio aplicado será corroída pela inflação.

O mesmo raciocínio vale para as outras duas simulações. Se você quiser fazer a projeção com algum outro valor, é muito fácil. Basta pegar o montante que você quer poder gastar por mês (por exemplo, R$ 7.000) e dividir por 0,0035.

Nesse caso, 7.000 dividido por 0,0035 dá R$ 2 milhões. Esse é o valor mínimo que você precisaria ter, atualmente, para poder gastar R$ 7.000 por mês sem reduzir o patrimônio.

Onde investir

A aplicação financeira utilizada nas simulações foi um título do Tesouro Direto chamado Tesouro IPCA+ 2055. Entre as aplicações de baixíssimo risco, a mais rentável atualmente é o Tesouro. Recentemente, mostrei que o rendimento real desse investimento estava cinco vezes maior do que o da poupança.

Essas simulações consideram o investimento em um título do Tesouro Direto chamado Tesouro IPCA+ 2055, que paga juros semestralmente.

Outra opção se baixo risco seriam os fundos de renda fixa. No entanto, o que esses fundos fazem é pegar o dinheiro do cliente e aplicar em diversos títulos, inclusive os do Tesouro Direto. Como eles cobram uma taxa de administração, o rendimento líquido, na maioria dos casos, acaba sendo menor que o do Tesouro.

Existem também opções de baixo risco como o CDB, a LCA e a LCI, cada vez mais populares. No entanto, esses papéis só têm um rendimento acima do Tesouro quando são emitidos por bancos pequenos ou médios. O problema é que, nesses casos, o risco acaba sendo maior.

Vale a pena investir só em ativos de baixo risco?

Não é porque eu escrevi uma coluna sobre o Tesouro Direto que eu acho que esse seja o melhor investimento para qualquer pessoa. Eu, por exemplo, não invisto nesse tipo de ativo faz tempo. O motivo é que a rentabilidade dele não é suficiente para os meus objetivos, mesmo após a forte alta da taxa básica de juros nos últimos 18 meses.

Se, com o Tesouro, é preciso investir R$ 2,8 milhões para receber R$ 10 mil por mês, com determinados fundos imobiliários é possível chegar a essa mesma renda com um aporte de R$ 1,5 milhão. Com R$ 2,8 milhões em fundos imobiliários, é possível receber proventos mensais de R$ 20 mil. Ou, em casos mais extremos, acima de R$ 30 mil.

Por outro lado, tenho um amigo que, mesmo assim, prefere deixar quase todo o seu patrimônio em ativos de baixo risco. Ele recebeu uma herança que é mais do que suficiente para ele custear a vida que leva.

Não existe, portanto, um caminho único a ser seguido. O ideal é simplesmente saber o que está fazendo. Se o rendimento do Tesouro é suficiente para você, tanto melhor.

Mas, se não é, você precisa escolher entre contentar-se com o que pode ganhar sem correr riscos, ou estudar as aplicações de renda variável para ter chance de obter uma renda mais alta. Quanto antes você toma essa decisão, melhor para você.

Alguma dúvida?

Ficou alguma dúvida sobre o texto de hoje ou sobre investimentos em geral? Em caso positivo, mande-a para mim pela minha conta no Instagram. Sua pergunta poderá ser respondida nesta coluna em breve.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.