Como receber em média R$ 5.000 por mês com dividendos de ações?
Na coluna da última sexta-feira (19), expliquei como receber R$ 5.000 todos os meses com fundos de investimento imobiliário (FIIs).
Hoje eu trago o mesmo tipo de simulação, mas com ações de empresas. Você vai saber quanto deveria investir, em diferentes companhias da Bolsa de valores, para receber, em média, R$ 5.000 por mês em dividendos. Também explico quais são os riscos e cuidados envolvidos nesses investimentos.
É importante você saber, também, que as ações em geral não pagam dividendos todos os meses. Quando eu digo que você ganharia em média R$ 5.000 por mês, estou considerando, na verdade, um ganho total de R$ 60 mil ao longo de 12 meses.
Os cálculos levam em conta quanto essas ações pagaram de dividendos aos seus acionistas nos últimos 12 meses - é importante lembrar que esse valor pode mudar.
Copel (CPLE6): R$ 365 mil
Para chegar a uma renda média de R$ 5.000 mensais, é necessário, atualmente, investir cerca de R$ 365 mil em ações da Copel, a Companhia Paranaense de Energia.
Esse rendimento, no entanto, não é garantido. Você só receberá o valor na sua conta se a empresa continuar distribuindo dividendos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses. Isso vale para todas as ações citadas neste texto.
No entanto, vale observar que os dividendos pagos nos últimos dois anos podem ter sido um ponto fora da curva. Somente em 2021, a companhia distribuiu R$ 1,31 por ação, número maior do que a soma dos seis anos anteriores.
Taesa (TAEE11): R$ 470 mil
Outra companhia do setor de energia, a Taesa é uma das empresas mais estáveis no pagamento de dividendos.
Para se ter uma renda média de R$ 5.000 por mês com as suas ações, é necessário fazer um investimento hoje de cerca de R$ 470 mil.
Os dividendos da Taesa também cresceram nos últimos anos, mas não de forma tão drástica quanto os da Copel. Em 2021, os papéis TAEE11 distribuíram R$ 4,50 por ação; nos cinco anos anteriores, a média foi de R$ 2,47 ao ano.
Banco do Brasil (BBAS3): R$ 630 mil
Investindo aproximadamente R$ 630 em ações do Banco do Brasil, é possível obter uma renda média de R$ 5.000 mensais, se a empresa continuar pagando proventos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.
O BB teve lucro recorde no segundo trimestre deste ano, superando os seus concorrentes. Além disso, o banco está sendo negociado na Bolsa por um preço 22% menor do que o seu próprio valor patrimonial.
Mesmo assim, é necessário lembrar que o BB é controlado pelo governo, o que gera um risco a mais, em comparação com seus pares privados.
Movida (MOVI3): R$ 640 mil
A Movida é uma locadora de automóveis que tem sido apontada por diversos analistas como uma empresa com forte potencial de crescimento.
Considerando o preço atual da ação, seria necessário investir cerca de R$ 640 mil para se ter uma renda média de R$ 5.000 mensais, caso a companhia continue distribuindo proventos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.
Em 2021, seu lucro foi sete vezes maior do que no ano anterior, não apenas porque aumentou sua receita, mas também porque reduziu os seus gastos. Além disso, a empresa está com um endividamento abaixo da média do setor.
Apenas não se esqueça de que, por ser uma empresa bem menor do que as outras aqui citadas, o risco também é maior.
Santander Brasil (SANB11): R$ 690 mil
O Santander, apesar de ser um pouco menor do que seus principais concorrentes, tem distribuído dividendos de forma relativamente estável nos últimos cinco anos. Além disso, seu lucro tem crescido de forma consistente nos últimos dez anos.
Hoje, seria necessário investir em torno de R$ 690 mil nos papéis SANB11 para se chegar a uma renda média de R$ 5.000 por mês, se o banco continuar distribuindo dividendos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.
Quais são os riscos?
Antes de investir em ações com objetivo de receber dividendos, saiba que existe o risco de a empresa decepcionar. De uma hora para outra, ela pode reduzir a distribuição de proventos ou mesmo interrompê-la, a depender do seu desempenho trimestral. Outro risco é de o preço das ações cair muito.
Os ativos citados neste texto ou em qualquer outro da minha coluna não são uma recomendação de compra nem de venda. São dados que podem servir de base para você tomar sua decisão, dentro do nível de risco que está disposto a correr.
Alguma dúvida?
Tem alguma dúvida sobre investimentos? Envie uma mensagem para o meu perfil no Instagram. Sua pergunta poderá ser respondida em breve nesta coluna.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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