Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Investindo R$ 1.000 por mês, quando eu começo a viver de renda?

Vergani_Fotografia/Getty Images/iStockphoto
Imagem: Vergani_Fotografia/Getty Images/iStockphoto

Se você investir R$ 1.000 todos os meses, depois de quantos anos terá um patrimônio que gere rendimentos de R$ 3.000, R$ 5.000 ou R$ 10 mil por mês?

Na coluna de hoje eu trago simulações que respondem essa pergunta, com base nos dados atuais do mercado e considerando aplicações de baixo, médio e alto risco.

Em Tesouro Direto

Investindo somente no Tesouro Direto, seria preciso manter os aportes mensais de R$ 1.000 durante 30 anos para se atingir uma quantia suficiente para gerar uma renda vitalícia equivalente a R$ 3.000 por mês, já descontando a inflação e o Imposto de Renda.

Se o objetivo for uma renda de R$ 5.000 por mês, seria preciso investir os R$ 1.000 mensais durante 39 anos; já para uma meta de receber R$ 10 mil por mês, o tempo de aportes deveria ser de 52 anos.

Para os cálculos, considerei a rentabilidade do título Tesouro IPCA+ 2045 e uma inflação média de 4% ao ano, em linha com as projeções de analistas consultados pelo Banco Central.

Esta e todas as simulações deste texto preveem que você atualize o valor dos aportes pela inflação uma vez por ano. Por exemplo, se a inflação ficar em 10% nos próximos 12 meses, a partir do 13º mês você passara a fazer aportes de R$ 1.100 por mês, e assim por diante.

Em fundos imobiliários

Em fundos de investimento imobiliário (FIIs), com aportes mensais de R$ 1.000, é possível atingir uma renda passiva de R$ 3.000 por mês após 19 anos. Para começar a receber R$ 5.000 mensais, o tempo necessário de aportes seria de 25 anos, e para R$ 10 mil, de 33 anos.

A simulação considera que você consiga uma rentabilidade real média de 7,5% ao ano. Hoje, muitos fundos imobiliários apresenta rendimento bem acima desse percentual. É comum encontrar nesse mercado um retorno acima de 10% ao ano.

No entanto, existe grandes chances de essa rentabilidade diminuir ao longo dos próximos 10 ou 20 anos, por isso preferi considerar uma projeção mais conservadora, de apenas 7,5% anuais.

Estou considerando, ainda, que o investidor reaplique todos os meses os rendimentos que receberá dos FIIs, além de manter os aportes de R$ 1.000.

Os dados partem da premissa de que o preço das cotas de um bom fundo imobiliário tende a, no mínimo, acompanhar a inflação a longo prazo, assim como o valor dos rendimentos por cota.

Em ações

No mercado, de ações, podemos considerar uma rentabilidade aproximada de 10% ao ano, já descontada a inflação.

Essa perspectiva é viável se entendermos que as boas empresas tendem a crescer a longo prazo, o que provocaria um aumento dos dividendos e do preço das ações acima da inflação, quando falamos em um horizonte de décadas.

Dessa forma, com aportes de R$ 1.000 por mês e reinvestimento de todos os dividendos recebidos, seria possível chegar a uma renda de R$ 3.000 após 15 anos. Já a renda de R$ 5.000 chegaria após 19 anos, e a de R$ 10 mil, após 25 anos.

Risco

Com o Tesouro Direto, o tempo de espera é muito maior, como mostram os dados, mas o risco é praticamente nulo.

Por outro lado, com os fundos imobiliários o risco é mais alto e, com as ações, ainda mais.

Dessa forma, antes de começar a investir, o ideal é entender melhor quais são os riscos. Do contrário, a tendência é que você acabe saindo do investimento nas primeiras turbulências do mercado, perdendo dinheiro.

Ainda, existem formas de mitigar os riscos, conforme eu já falei algumas vezes nesta coluna. Basicamente, você reduz as chances de perder dinheiro quando diversifica seus investimentos e quando consegue identificar os sinais de que uma ação ou fundo apresenta solidez a longo prazo.

Alguma dúvida?

Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua pergunta poderá ser respondida em breve nesta coluna.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

PUBLICIDADE
Errata: este conteúdo foi atualizado
A correção pela inflação estava incorreta na matéria original. R$ 1.000 corrigidos por uma inflação de 10% são R$ 1.100, não R$ 1.110. A informação foi corrigida.