Quanto ganho investindo R$ 1.000 nos maiores fundos imobiliários hoje?
A coluna de hoje é para quem busca transformar o seu patrimônio em uma fonte de renda mensal, seja para complementar uma aposentadoria ou mesmo para ajudar, a partir de já, nas despesas do dia a dia.
Um tipo de ativo que cumpre bem esse papel são os fundos de investimento imobiliários (FIIs), pois eles pagam um rendimento mensal aos investidores. Veja abaixo quanto se ganha por ano investindo R$ 1.000 nos maiores FIIs do Brasil, caso eles continuem remunerando os cotistas no mesmo ritmo dos últimos 12 meses:
- IRDM11: R$ 135
- KNCR11: R$ 134
- CPTS11: R$ 108
- KNIP11: R$ 104
- HGLG11: R$ 92
- BRCR11: R$ 91
- BTLG11: R$ 91
- XPML11: R$ 89
- XPLG11: R$ 85
- KNRI11: R$ 76
Essa é a lista dos dez fundos imobiliários com maior patrimônio do Brasil. Investindo R$ 1.000 no IRDM11, por exemplo, a tendência é que você receba R$ 135 ao longo dos próximos 12 meses.
Em média, o retorno em dividendos (DY, na sigla em inglês) desses dez fundos está em 10% ao ano. Isso quer dizer que, dividindo um investimento de R$ 1.000 igualmente nesses FIIs, você tende a receber uma remuneração aproximada de R$ 100 após um ano.
Renda fixa não rende mais?
Quando eu falo sobre o rendimento de fundos imobiliários, um comentário que recebo com muita frequência é de pessoas dizendo que se pode ganhar mais com CDB, LCA ou LCI, ou mesmo com o Tesouro Direto. No entanto, é errado fazer esse tipo de comparação.
É verdade que, se você investir hoje R$ 1.000 no Tesouro Selic, e se a taxa básica de juros do país continuasse no ritmo atual, daqui a um ano você teria um ganho de R$ 101, já descontado o Imposto de Renda.
Porém, nessa rentabilidade do Tesouro não está descontada a inflação. Isso quer dizer que, se você gastasse totalmente esses R$ 101 após um ano, o seu patrimônio começaria a ser corroído pela inflação. Para evitar essa corrosão, o investidor poderia gastar, no máximo, R$ 53 por ano, para o mesmo investimento de R$ 1.000. Ou seja, cerca de metade do que se obtém com FIIs.
No caso dos fundos imobiliários, não é preciso descontar a inflação porque o rendimento desses ativos, em geral, tende a ser atualizado pela inflação. É por esse motivo que os FIIs acabam sendo um dos instrumentos preferidos dos investidores para receber uma renda passiva em complemento à aposentadoria.
Riscos
Quando a expectativa de retorno de um investimento é alta, seus riscos também são. No caso dos fundos imobiliários, o investidor corre basicamente dois riscos: o risco de queda nos rendimentos mensais e o risco de queda no preço da cota.
Por isso, é necessário saber escolher os FIIs para reduzir os riscos. Por exemplo, um FII que possua vários imóveis tende a ser menos arriscado, pois, se houver problema com uma dessas propriedades, as demais continuam gerando rendimentos, de modo a não provocar uma queda significativa nos ganhos do investidor.
Outros pontos a serem observados são a localização dos imóveis, a demanda por imóveis daquele tipo na região, o número de inquilinos e o prazo dos contratos de locação, entre outros.
Como existem mais de 400 FIIs à disposição de pessoas físicas no Brasil, o ideal é que você acompanhe análises de especialistas para poder montar a sua carteira de fundos imobiliários com segurança.
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