Movida quer captar até R$ 1,75 bilhão para crescer: vale investir?
Hoje vamos conversar sobre a entrada de um novo sócio no grupo de controle da CCR (CCRO3) e sobre a captação de recursos da Movida (MOVI3) para continuar crescendo.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Andrade Gutierrez assina venda de participação na CCR
A CCR (CCRO3), uma das maiores empresas de concessão de infraestrutura, anunciou ontem (26) que a construtora Andrade Gutierrez assinou contrato para a venda de sua participação para a gestora de investimentos IG4. A conclusão da operação depende da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), de agências reguladoras, de credores da Andrade e da celebração de um novo acordo de acionistas entre os controladores atuais da CCR e a IG4.
Com a aquisição de 14,86% do capital da CCR, a IG4 passa a ser uma das maiores acionistas e a integrar o bloco de controle da companhia, ao lado da Soares Penido e da Camargo Correa.
O valor da aquisição é de R$ 4,6 bilhões, podendo chegar a R$ 5 bilhões, dependendo do comportamento das ações da CCR nos próximos 12 meses, e será pago com participação da Macquarie Asset Management, do grupo australiano Macquarie, que entrará como investidor financeiro estratégico na transação.
Para a Andrade Gutierrez, a venda possibilita alívio momentâneo. A companhia está muito endividada e tem pagamentos de obrigações em atraso. O relacionamento entre ela e a IG4 não é recente. A gestora adquiriu a concessão do Hospital Metropolitano de Belo Horizonte justamente da Andrade, em operação concluída no início de 2020.
A CCR, por sua vez, ganha um forte acionista que possui outros investimentos em infraestrutura, como a Iguá Saneamento e a Aenza, um dos principais grupos de infraestrutura do Peru. A IG4 deve nomear membros para o conselho de administração da CCR, agregando conhecimento à empresa.
Movida quer captar até R$ 1,75 bilhão com emissão de debêntures
A Movida, terceira maior locadora de automóveis do Brasil, anunciou ontem (26) sua sétima emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com captação que pode chegar a R$ 1,75 bilhão.
As debêntures serão objeto de distribuição pública, com esforços restritos de colocação. O público-alvo exclusivo da oferta são investidores profissionais. A emissão será realizada em três séries: a primeira e a segunda correspondem a um montante de R$ 1,4 bilhão e a terceira série corresponde a um total de R$ 350 milhões.
Os recursos obtidos nas duas primeiras emissões serão destinados para capital de giro, gestão de caixa e reforço de liquidez, com o alongamento no perfil de dívida da Movida e suas controladas.
Já as emissões da terceira série são caracterizadas como "debêntures verdes". Os recursos serão destinados para a aquisição de frota de veículos elétricos, híbridos ou que utilizem energia limpa (sem combustíveis fósseis). Essa categoria foi incluída na oferta da Movida desde o último trimestre de 2020 por conta de uma parceria exclusiva com a Nissan, que envolveu inicialmente 50 unidades do carro elétrico Nissan Leaf. O objetivo com a parceria é atingir 20% da frota equipada com veículos elétricos e híbridos em até 10 anos.
Esperamos impacto neutro nas ações da Movida (MOVI3). A ampliação e diversificação de parcerias com montadoras, aliada a uma visão de longo prazo, tem permitido à Movida apresentar crescimento consistente. No primeiro semestre de 2021, a companhia apresentou volume de amortizações de R$ 1,8 bilhão, encerrando o período com posição de caixa de R$ 3,4 bilhões que, combinada à captação de recursos com as debêntures, capitaliza a companhia para executar seu plano de crescimento.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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